O Governo quer que 80% dos doentes possam ser tratados em casa. Mas este aumento das necessidades de acompanhamento em casa não se traduziu no aumento do número de enfermeiros nos Centros de Saúde, coma demonstra, hoje, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, numa Nota à Imprensa onde onde divulga os números de enfermeiros admitidos pelas várias administrações regionais de saúde.
Nota à Imprensa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses:
Centros de Saúde:
Cuidar 80% dos doentes em casa mas com praticamente os mesmos enfermeiros.
A carência de enfermeiros no SNS é uma denúncia recorrente e uma, infeliz, característica.
As várias medidas impostas pelo governo para combater a pandemia teve/tem como objetivo evitar a pressão sobre os hospitais e, principalmente, sobre os Cuidados Intensivos. É assumido a pretensão que 80% dos doentes possam ser tratados em casa. Esse objetivo tem vindo a ser atingido mas, este aumento das necessidades de acompanhamento em casa não se traduziu no aumento do número de enfermeiros nos Centros de Saúde.
Os Cuidados de Saúde Primários continuam, apesar da sua crucial importância, a ser preteridos e, sem aumento do número de enfermeiros mas com obrigatoriedade de dar mais respostas em cuidados de saúde, significa que muitos dos programas na prevenção e mesmo no tratamento de outras doenças, estão neste momento suspensos.
Dados da ACSS, portal da Transparência
O SEP já exigiu junto do Ministério da Saúde a abertura de concursos por ACeS para permitir uma maior agilidade na contratação de enfermeiros. Até agora, não obteve qualquer resposta.
FONTE: SEP
Noutra Nota à Imprensa, ontem, o SEP revelava como, nos hospitais de referência, os números das admissões de enfermeiros demonstram a forma como se prepararam para a pandemia os hospitais do Porto comparativamente a Coimbra e a Lisboa.
Nota à Imprensa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses:
Como os hospitais de referência se prepararam para a pandemia.
A carência de enfermeiros no SNS é uma denúncia recorrente e uma, infeliz, característica.
Entre o aparecimento de uma nova doença viral assumido pela OMS em dezembro de 2019, a evolução para o que poderia ser um surto com algum impacto, em janeiro de 2020 até à declaração de pandemia, demorou cerca de dois meses.
Em Portugal, determinou-se quais seriam os hospitais de referência no final de janeiro.
Dados da ACSS, portal da Transparência
Os números demonstram a forma como os hospitais de referência se prepararam para a pandemia. E, desde logo, a diferença entre as admissões nos hospitais do Porto comparativamente a Coimbra e a Lisboa.
FONTE: SEP