Mais de 300 operários corticeiros estiveram esta manhã no piquete de greve à entrada da fábrica da Amorim & Irmãos, em Santa Maria de Lamas.
Os operários corticeiros estão em greve e em protesto durante três dias, desde quarta-feira até hoje, pelo aumento digno da tabela salarial do Contrato Colectivo de Trabalho.
A proposta patronal representa uma actualização salarial de 50 cêntimos por dia.
Ou seja, 15 euros por mês, o que corresponde a 50% do aumento do salário mínimo nacional.
Este é mais um exemplo da injustiça na distribuição da riqueza que reina no sector corticeiro.
A jornada de luta iniciou-se no dia 21 de Julho, às 5h00 da madrugada, com uma elevada adesão na AMORIM CORK FLOORING, SA, em S. Paio de Oleiros (Aveiro) e paralisações nas duas UNIDADES INDUSTRIAIS DA AMORIM FLORESTAL, SA (Salteiros e Ponte de Sor - Portalegre).
Ontem, quinta-feira, a luta foi travada na AMORIM & IRMÃOS, LDA. e na A.S. FILHOS (Sta. Maria de Lamas - Aveiro), a partir das 22h00, assim como na AMORIM CORK INSULATION, SA (Vendas Novas - Évora) e em duas UNIDADES INDUSTRIAIS DA AMORIM FLORESTAL (Monte Barca e Coruche – Santarém).
Esta sexta-feira, 23 de Julho, entraram em greve os operários da GRANORTE (Rio Meão), a partir das 7h30; na AMORIM CHAMPCORK (Sta. Maria de Lamas), a partir das 6h00; na SOCORI – SOCIEDADE DE CORTIÇAS DE RIOMEÃO (Rio Meão); na AMORIM TOP SERIES (Argoncilhe) e na AMORIM CORK COMPOSITES (Mozelos).
Tem-se verificado uma forte adesão a esta jornada de luta por parte de centenas de operários corticeiros, homens e mulheres, nas treze principais empresas de um sector que cria ricos e produz pobres.
A próxima reunião de negociações entre a FEVICCOM e a Associação Patronal (APCOR), está agendada para o próximo dia 26 de Julho (2ª feira), às 11h00, em Santa Maria de Lamas.
A força da razão é a razão da nossa luta!
Fonte: FEVICCOM