Os trabalhadores da Jodel, empresa que fabrica produtos de higiene para marcas, com instalações na zona industrial de Aveiras de Cima, estiveram ontem de manhã concentrados junto da portaria, em luta pela manutenção dos seus postos de trabalho e pelo pagamento de salários em atraso.

Esta jornada de luta foi marcada, como explicou o SITE CSRA, devido à grave situação que os trabalhadores estão a viver, com salários em atraso desde Julho e indefinição acerca da manutenção dos postos de trabalho.

A darem o seu apoio e a sua solidariedade, estiveram presentes os presidentes da Câmara Municipal de Azambuja, Silvino Lúcio, e da Junta de Freguesia de Aveiras de Cima, António Torrão, bem como representantes do PCP e do CESP/CGTP-IN.

A direcção do sindicato reuniu-se com a administração da Jodel, a 13 de Setembro, e com o presidente da Câmara Municipal da Azambuja, dia 18.

Realizaram-se plenários de trabalhadores, a 23 de Setembro, na Casa do Povo de Aveiras de Cima.

Na busca de apoios e soluções para assegurar o pagamento dos salários em atraso, a continuidade da laboração e a manutenção dos postos de trabalho, o sindicato vai reunir-se com o secretário de Estado do Trabalho, no dia 7 de Outubro.

Com os mesmos objectivos, faz todo o sentido envolver a administração da empresa, os órgãos das autarquias locais e o Governo, salienta o SITE CSRA.

Urge pagar os salários

A cada dia que passa, a situação dos trabalhadores e das suas famílias agrava-se ainda mais.

A representante da administração tinha trasmitido ter clientes e encomendas suficientes para manter a empresa, mas já passaram quase quatro meses e não é conhecida nenhuma medida para garantir a viabilização. No entender do sindicato, é necessária a intervenção das entidades públicas.

É necessário que o Governo adopte as medidas necessárias, com urgência, para não deixar cair mais esta empresa e evitar os grandes prejuízos para os trabalhadores e para a vida económica e social do distrito de Lisboa.
Com o agravamento da situação, devido aos salários em atraso, os trabalhadores começam a procurar outros caminhos, que não passem pela Jodel. Se tal vier a acontecer em grande escala, tornará a empresa inviável.

A solução para esta grave situação passa por resolver os salários em atraso e, aqui, o Governo, a ACT e a Segurança Social podem ter um papel determinante.

Durante o dia 2, o sindicato manteve um posto de atendimento, nas instalações da Junta de freguesia de Aveiras de Cima, para dar apoio aos trabalhadores.

Fonte: FIEQUIMETAL