Nos últimos três anos, a Administração da EGEAC desrespeitou o nº.2 da cláusula nº27 do Acordo de Empresa (AE), desvalorizando assim o processo negocial que obrigatoriamente deve assumir com o STML em torno da negociação salarial anual.

Para além de negar o Direito de Negociação que o AE determina, o CA contribuiu ativamente para a diminuição do poder de compra dos trabalhadores da empresa ao reproduzir as decisões do Governo em
matéria salarial, com montantes sempre abaixo da taxa de inflação e, mais importante ainda, sem considerar o aumento exponencial dos preços de bens e serviços essenciais que, mesmo perante a diminuição da taxa
de inflação em 2024, não têm parado de aumentar.

À matéria de âmbito salarial, transversal à empresa, acrescem as não respostas a inúmeros problemas, entre os quais:
✓ Uma política de contratação perniciosa assente na polivalência e flexibilidade;
✓ Uma estagnação quase total em relação aos processos de reclassificação profissional;
✓ A carência de trabalhadores em vários equipamentos da empresa;
✓ A falta de investimento na melhoria das condições de trabalho;
✓ A ausência de Medicina do Trabalho;
✓ A desregulação dos horários de trabalho, que nega o direito à conciliação entre a vida pessoal e
familiar, com a vida profissional;
✓ A prática do assédio laboral.

Neste cenário, os trabalhadores da EGEAC decidiram para 27 de novembro uma Greve Geral de 24 horas, propositando contestar a denunciar as opções da Administração e da própria Tutela, a CML liderada pelo
Presidente Carlos Moedas, sobre os problemas supra-mencionados.

Só respeitando os direitos, as justas expetativas e as condições de vida dos trabalhadores da EGEAC, parte essencial à dinamização e produção culturais na nossa cidade, se garantem os direitos das pessoas que
vivem, trabalham e visitam Lisboa a um serviço público de cultura, de qualidade e para todos!

Fonte: STML