As opções pelos barcos elétricos e as opções da Transtejo podem pôr em causa a fiabilidade da operação, dos horários do transporte fluvial e das carreiras do Seixal e de Cacilhas.

Os experimentalismos que a administração da Transtejo está a efectuar com os barcos eléctricos na travessia fluvial, estão a pôr em causa a garantia de transporte fluvial para os utentes, e são em nosso entender, actos de gestão que visam delapidar de meios e recursos a Transtejo senão vejamos:

1º O carregamento dos barcos muitas vezes não funciona, quando assim acontece tem de ser efectuado um contacto, para que de modo remoto o carregamento possa ser efectuado;

2º Para serem efectuadas algumas ordens no barco nomeadamente paragem para acostagem da embarcação, a mesma é feita de forma remota, quando questionado a quem de direito se falham as comunicações? Não existe resposta alguma;

3º Os barcos eléctricos quando confrontados com ventos superiores a 22 Nós, não os conseguem transpor, devido ao facto, de não terem força para ultrapassar tal obstáculo o que acontece em muitos dias no Inverno;

4º Não é concebível que a administração da Transtejo esteja a vender a embarcação Aroeira quando os barcos eléctricos ainda estão em teste, ou seja, não renovar o certificado de navegabilidade destas embarcações é deixar a operação em risco de não ser realizada;

5º De momento só existem 3 embarcações quando são necessárias 6, estão encostadas embarcações a necessitar de manutenção, isto para além de algumas embarcações eléctricas que chegam já danificadas;

6º O dinheiro já despendido para os navios eléctricos há muito que ultrapassou os 57 Milhões de € de contrato e neste momento já atinge os 117 Milhões de €;

7º O que se exige é que a gestão da Transtejo se deixe de experimentalismos, que se instale os barcos eléctricos, mas que exista um plano B de modo a dar resposta aos utentes e ao ganho que as populações tiveram com o passe social Navegante;

8º O que se exige é que o transporte de passageiros no Tejo seja realizado a tempo e horas, e que todos os contratempos e gastos excessivos com a mudança de operação sejam devidamente indemnizados, pois os prejuízos são muitos e nem os contribuintes, nem os utentes, nem os trabalhadores, nem a empresa pública Transtejo, devem ser lesados por erros de gestão ou de opções erradas;

9º A empresa pública Transtejo deve e tem de ser bem gerida, com rigor, respeito pelos utentes, trabalhadores e pela causa pública.

Fonte: União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN