Com a presença de delegações dos sindicatos do sector filiados na FESETE, realiza-se amanhã, 28 de Fevereiro, uma concentração de dirigentes, delegados e trabalhadores à porta da empresa Twintex, no Fundão, Castelo Branco.
Num momento em que estão em curso as negociações para 2025 , aconcentração tem como objectivos:
Denunciar a prática de baixos salários neste sector, em particular nas empresas cujos representantes são membros da associação patronal, em completo desrespeito pelas profissões e qualificações da maioria dos seus trabalhadores; o valor do subsídio de refeição pago, que neste caso demonstra existir condições para evoluir nesta área de rendimentos, respondendo à reivindicação dos 6€ para 2025.
Estamos perante uma empresa que trabalha com marcas prestigiadas no mercado, o que garante à empresa margens elevadas nos seus negócios. Não obstante a boa imagem pública e o volume de negócios apresentado, no ano de 2025, mantém os seus trabalhadores no salário mínimo nacional (870€), tendo como subsídio de refeição dia 4.30€, tendo como base a limite a tabela negociada para o sector. Para alem dos baixos salários praticados, tem como norma aplicar os 4.30€ de subsídio de refeição, quando a nível nacional constatamos que um número significativo de empresa já evoluiu nesta matéria e pratica o valor de 6€ dia ou muito próximo disso.
Num enquadramento sectorial em que tanto se fala na necessidade, valorização das profissões, motivação dos trabalhadores e se lamenta a falta de trabalhadores para estes sectores de tão grande importância para a economia portuguesa, de que estes patrões nas suas declarações publicas são figura de proa. Fica claro que entre o discurso público e as suas práticas, existe uma grande distância que não podemos deixar de denunciar.
Concluímos, que comportamentos como estes são os principais responsáveis e estão na origem da fraca atractividade de jovem qualificados, que tantos são necessários ao sector.
Iniciadas as negociações para 2025, já com duas reuniões realizadas e dado o impasse verificado, vamos estar no terreno para garantir que os trabalhadores, têm conhecimento profundo e do comportamento do patronato do sector á mesa das negociações, apelando em simultâneo para que se organizem e mobilizem na luta por melhores salários, direitos e dignificação das suas profissões. Não queremos, nem é justo, continuar a pautar os trabalhadores do sector com base em rendimentos tão próximos do salário mínimo nacional.
Esta concentração conta com a presença de delegações dos sindicatos do sector filiados na FESETE, a coordenadora, Isabel Tavares, em solidariedade com estes trabalhadores.
Fonte: FESETE
