Na negociação da revisão salarial anual, a administração da REN está a mostrar que não pretende compensar de forma digna e justa o esforço e a competência dos trabalhadores. Só a força e a unidade destes poderão mudar esta timidez patronal.

Nas reuniões de 27 de Março e 3 de Abril, a administração pouco se distanciou da intenção inicial que declarou: repor o valor da inflação, ou seja, uma actualização salarial de 2,4 por cento. A sua mais recente proposta foi de 2,7 por cento, na tabela salarial e 2,85 por cento, no subsídio de refeição e ajudas de custo.

Ora, um aumento do salário de entrada em apenas 31 euros iria fazer com que, mais uma vez, o seu valor se voltasse a aproximar do salário mínimo nacional. Como a Fiequimetal argumentou, isto é inadmissível, para trabalhadores especializados, como são os da REN.

Acresce que, em anos anteriores, os aumentos salariais não acompanharam a inflação e, por isso, o poder de compra dos trabalhadores da REN tem vindo a diminuir.

Como a Comissão Intersindical da Fiequimetal afirma, num comunicado que emitiu no dia 4, urge aumentar os salários de forma digna, para que os trabalhadores sintam a justa recompensa pelo seu esforço em prol da empresa.

Perante a timidez dos avanços anunciados pela administração, a Fiequimetal decidiu não alterar a sua proposta. A empresa tem capacidade financeira para que a administração apresente uma alteração mais substancial à sua posição, de modo a que a negociação se torne realmente efectiva.

A próxima reunião está agendada para dia 10, quinta-feira.

Fonte: Fiequimetal