Depois de 4 anos de intensa luta dos trabalhadores, nomeadamente dos jovens trabalhadores, contra a política de direita, o governo da coligação do PSD/CDS caiu no passado dia 10 de Novembro, enquanto uma imensidão de homens, mulheres e jovens festejavam à porta da Assembleia da República e por todo o país.
Com o mesmo empenho com que nos batemos pela queda de um governa da política de direita que impôs tantos sacrifícios aos jovens trabalhadores, batemo-nos pela mudança de política. A formação de um governo na base da solução encontrada no novo quadro parlamentar, não é por si só, condição suficiente para essa mudança de política, mas é condição necessária. Só a luta dos trabalhadores obrigará à mudança de rumo necessária para os jovens e o país.
Sabemos que tanto o Presidente da República como o PSD/CDS se dão mal com a democracia e com a Constituição.
Levámos estes anos com a sua fúria, com o roubo aos nossos direitos em prol dos interesses dos seus amigos, dos bancos e das grandes empresas.
A mentirem descaradamente que não havia dinheiro e que tínhamos que apertar os cintos. Enquanto nós íamos apertando e apertando, vimos o nosso dinheiro(roubado) a ir para a banca e as grandes empresas a aumentarem os lucros em milhões e milhões.
Estamos cansados de tanto atropelo aos nossos direitos!
Trabalhamos cada vez mais e recebemos cada vez menos, passamos a vida entre contratos precários e o desemprego, vimos a nossa independência e a nossa vida bloqueadas.
Adiamos até as coisas mais básicas, como o acesso à cultura, adquirir carro, uma casa ou mesmo constituir família.
Mas o tempo não é de baixar os braços, é tempo de luta! Pela democracia, pelo trabalho, pelo direito ao trabalho e a uma vida digna!
Tal como no dia 10 de Novembro, com a queda do governo, ficou bem marcado que a
lutar vale a pena. Outras vitórias e conquistas dos trabalhadores, como a passagem de trabalhadores a efectivos e aumentos salariais, confirmam que lutar não só vale a pena como demonstra que é pela unidade dos trabalhadores em defesa de uma vida melhor que transformamos o rumo do país!
Existem soluções, alternativas! Reivindicamos:
· Aumento geral dos salários. A subida do salário mínimo nacional para 600 euros no início de 2016;
· A passagem a efectivos dos trabalhadores que ocupam postos de trabalho de natureza permanente e o reforço da fiscalização do cumprimento das normas de trabalho, combatendo o uso abusivo e ilegal de contratos a termo, dos falsos recibos verdes e das falsas "bolsas" de investigação; o trabalho precário, sub-declarado e não declarado, e a utilização abusiva e fraudulenta de medidas de emprego, tais como os estágios e os contratos emprego-inserção;
· A revogação da legislação que facilita os despedimentos e reduz as indemnizações e a norma do código do trabalho que discrimina os jovens à procura do primeiro emprego e os desempregados de longa duração;
- O cumprimento integral da Constituição da República, designadamente no que concerne nos direitos laborais, sociais, culturais, económicos e políticos da juventude.
No dia 28 de Novembro não fiques em casa! Junta-te a nós, não estás sozinho/a, temos o direito a viver e a sermos felizes no nosso país! Vem exigir o teu futuro!