Foram criadas as Unidades Locais de Saúde no distrito, mas não se prevê que venham melhorar as condições de trabalho. Em alguns locais foram inclusivamente criados “novos” problemas.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo não acautelou a vinculação de enfermeiros com vínculo precário e não finalizou o processo de avaliação e progressão de muitos dos enfermeiros, mantendo dívidas das progressões que não concretizaram, algumas com retroativos por pagar há mais de 2 anos.
Por outro lado, as instituições hospitalares devem milhares de horas de trabalho extraordinário aos enfermeiros. E em alguns casos, de que é exemplo o Hospital Garcia de Orta, atual ULS Almada Seixal, têm progressões para concretizar há mais de 1 ano e processos de Avaliação do Desempenho por finalizar, o que é inadmissível.
O trabalho extraordinário avoluma-se. Mesmo em serviços que chegaram a “dispensar” enfermeiros e diminuir o número de camas para internamento e que têm agora que ser reabertas, como seria previsível, não conseguem assegurar condições seguras para a prestação de cuidados a estes doentes por falta de profissionais.
Consideramos que estes são exemplos das medidas de gestão que estão a asfixiar o SNS e que estão também na base da falta de resposta das instituições públicas de saúde.
Fonte: SEP