Os trabalhadores das Misericórdias irão estar em greve, convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais(FNSTFPS), no próximo dia 15 de Março, para exigirem salários justos e dignos, melhores condições de trabalho e a integração na esfera do Estado.
A FNSTFPS apresentou aos representantes das Misericórdias, uma proposta de actualização salarial de 100 euros para todos os trabalhadores, sem que tivésse obtido resposta, o que levou aquela estrutura sindical a requerer junto do Ministério do Trabalho a conciliação do processo de revisão asalarial.
Já para 2024, a FNSTFPS entregou aos representantes das Misericórdias, uma proposta de aumentos salariais de 150 euros ou de 15% para todos trabalhadores, tendo obtido como resposta daqueles, a inviabilidade de proceder a qualquer actualização relativa a 2023, ainda que relativamente a 2024 se comprometessem a a apresentar uma proposta, o que não fizeram até agora.
Graças aos Acordos de Cooperação celebrados com o Governo, as Misericórdias têm recebido apoios financeiros do Estado para assumirem as funções que o próprio deveria cumprir. Em 2023, estes Acordos tiveram uma actualização entre os 7% e os 8%, sem que tal, contudo se reflectisse nos salários dos trabalhadores.
Para 2024, estes mesmos acordos de cooperação tiveram um reforço de 123 milhões de euros e ainda assim, as Misericórdias ficaram-se por uma proposta de actualização salarial, para negociação, que resulta em aumentos entre 2 euros(!) e 5 euros(!) mensais, num completo desrespeito pelos trabalhadores e pela dignidade da pessoa humana.
É neste quadro que a FNSTFPS decidiu convocar para o próximo dia 15 de Março uma GREVE NACIONAL DE TRABALHADORES DAS MISERICÓRDIAS.