O comportamento das empresas de Hospitalização Privada pauta-se por práticas de exploração dos seus trabalhadores, com exigência de cumprimento de horários para além
do que a lei estipula, com recurso a trabalho extraordinário, desrespeitando o conceito legal para o aplicar, situações existem em que antecipadamente se escala os trabalhadores mensalmente, já com indicação de trabalho extraordinário, outras em que é pedido constantemente o seguimento de turnos, por falta de pessoal.
Os salários praticados para trabalhadores(as), Auxiliares de Serviços Gerais e Auxiliares de Acção Médica são de miséria, muito perto do valor do Salário Mínimo Nacional.

Mais uma vez em 2025 a situação repete-se ao nível do processo negocial entre a FESAHT/ Sindicatos da CGTP-IN e a APHP – Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, os
Patrões fixaram em 50€ o valor do aumento para todos os trabalhadores(as), ao que os sindicatos responderam, não aceitar porque face á inflação registada, significava perda de
poder de compra.

Os trabalhadores não compreendem que com os lucros que o sector vem apresentando e os novos hospitais que abriram ou estão em construção, que este desenvolvimento seja em parte feito, para além das avultadas transferências do OGE para a saúde e agora também á custa dos baixos salários que pagam. A FESAHT enviou para o Ministério do Trabalho, o pedido de conciliação do processo.

A Direcção do Sindicato, em relação a uma das empresas a SANFIL, enviou um caderno reivindicativo após discussão com os trabalhadores(as) e solicitou uma reunião à administração, realizando-se a mesma há 3 meses. A Administração da SANFIL transmitiu ao sindicato que iriam aceitar a recomendação da
sua associação a APHP, mas que aguardavam a aprovação do Orçamento da empresa pelo conselho de administração, passados estes 3 meses e nada, nem o aumento dos 50€ nem
qualquer outro, o que já contestámos, Enquanto isto a SANFIL prossegue na sua senda de crescimento, com o trabalho para a construção do seu grande Hospital Privado em Coimbra, com esta gestão sem preocupações nem compromisso social, em que os trabalhadores destas categorias profissionais ficam para trás, não vendo a melhoria dos seus salários nem a valorização das suas profissões.

Estão a ser equacionadas formas de luta a desenvolver pelos trabalhadores(as) da SANFIL no mês de Julho.
Os restantes Grupos económicos do sector, CUF, LUZ SAÚDE, LUSIADAS, TROFA SAÚDE, também irão merecer a atenção da nossa luta reivindicativa.

Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro