Em Abril de 2004, a CGTP-IN defendeu que o governo deveria reavaliar a política de liberalização do preço dos combustíveis. Já nessa altura e daí para cá os aumentos têm sido constantes e pouco claros, podendo verificar-se uma politica concertada das gasolineiras, ainda mais facilitada pela crise Internacional e pela oportunidade especulativa.
Na medida em que os transportes constituem a terceira despesa dos orçamentos familiares, os consumidores e, consequentemente, a economia nacional são os grandes penalizados. Em muitos casos é também a principal despesa na distribuição de muitos dos bens essenciais, provocando a perda do poder de compra já muito sentida por vastas camadas de trabalhadores, principalmente os de menores recursos.
Os combustíveis sendo um bem de primeira necessidade, não devem estar liberalizados. Necessitam de políticas reguladoras, nomeadamente sobre os mecanismos da formação do preço ao público, aspecto reforçado pelo facto do petróleo ser pago em dólares sofrendo, neste momento, uma forte e constante desvalorização face ao Euro.