VenezuelaA grave pandemia de COVID-19 e a necessidade de medidas extraordinárias de prevenção e combate a este surto são o pretexto cínico para uma nova escalada de ingerência e agressão por parte dos EUA e dos seus aliados da UE contra a Venezuela. Depois das acusações caluniosas contra Nicolas Maduro e outras figuras do Estado venezuelano, os EUA apresentaram nos últimos dias o auto-denominado “Plano de transição democrática para a Venezuela”, logo secundado pela União Europeia.

Ao invés da solidariedade e da união de esforços para proteger a saúde e salvar a vida do maior número possível de venezuelanos, os EUA e a UE juntam factores de chantagem e verdadeira agressão ao bloqueio económico e financeiro que mantém contra este país, golpeando ainda mais fundo os direitos do seu povo.

CGTP-IN denúncia e condena mais esta tentativa dos EUA e da UE de imporem um regime fantoche na Venezuela; um regime que, com ou sem Juan Guaidó, submeta o povo, garanta o domínio sobre as imensas riquezas deste país e elimine o exemplo e a acção de solidariedade internacionalista que a Revolução Bolivariana tem desenvolvido em benefício dos povos da América Latina e de outros partes do mundo.

A CGTP-IN condena a declaração de apoio do governo português ao referido “Plano de transição democrática para a Venezuela”, na qual invoca hipocritamente a urgência sanitária para, uma vez mais, atentar contra o Direito Internacional e a Constituição da República Portuguesa, colocando-se do lado das sanções e do bloqueio económico e financeiro; do lado dos mais sérios obstáculos à salvaguarda da saúde e de outros direitos fundamentais de quem trabalha e vive neste país, incluindo a comunidade portuguesa.

A CGTP-IN reitera a sua solidariedade e saúda os trabalhadores e o povo venezuelano na sua acção de defesa da Revolução Bolivariana, das suas conquistas e da soberania da sua pátria, saudando nesta ocasião também o exemplo de genuína solidariedade e cooperação no combate à pandemia que países como Cuba, a China e a Rússia estão a aportar à Venezuela e ao seu povo.

INT/CGTP-IN
06.04.2020