imagesbrA CGTP-IN exige o fim deste conflito no Mali e de acções terroristas noutros países circundantes, bem como de intervenções militares estrangeiras que ponham em causa a integridade e soberania nacional destes países e povos.

 

Nos últimos dias fomos confrontados com uma inquietante escalada de guerra e de terrorismo na região do Sahel, designadamente com o agravamento do conflito interno no Mali, com o mais recente desenvolvimento da intervenção militar da França e com a acção terrorista lançada contra a empresa de produção de gás, na Argélia.

Estes sangrentos acontecimentos não podem ser desligados da recente evolução da situação em países do Norte de África e do Médio Oriente, onde a par de lutas populares por direitos sociais, laborais e cívicos, se desenvolve toda uma estratégia das principais potências ocidentais, com aliados locais, que vão desde grupos fanáticos religiosos a governos corruptos, visando desestabilizar toda esta região, assegurando o controlo dos seus imensos recursos naturais e reforçando a opressão e exploração dos povos.

Está bem viva na memória, entre outras,  a actuação destas potências na Líbia e o seu posicionamento relativo à situação na Síria. E também o posicionamento, bem oposto, dessas mesmas potências capitalistas (dos EUA à UE), em relação aos justos anseios de paz e de liberdade dos povos da Palestina ou do Sahara Ocidental.

É neste preocupante contexto de um eventual alastramento de conflitos e de ingerências externas nesta região que a CGTP-IN exige o fim deste conflito no Mali e de acções terroristas noutros países circundantes, bem como de intervenções militares estrangeiras que ponham em causa a integridade e soberania nacional destes países e povos.

É tempo de se resolverem os conflitos pela via política e pacífica, no respeito pelo direito internacional, pelo diálogo e pelo integral respeito pelo direito de cada povo a decidir autonomamente o seu destino.

Neste quadro, a CGTP-IN expressa a sua solidariedade para com os trabalhadores e centrais sindicais do Mali e da Argélia, a UNTM e a UGTA, respectivamente, bem como com a Organização de Unidade Sindical africana (OUSA), e com a sua acção e luta em defesa dos trabalhadores e povos dos seus dois países e do continente africano em geral, contra as ingerências e o neocolonialismo, pela soberania e independência.