São horripilantes as imagens que nos chegam de um massacre indescritível, em que até hospitais e crianças indefesas na praia são bombardeados. Os mortos são às centenas, os feridos aos milhares. São já mais de cem mil os habitantes de Gaza obrigados a fugir das suas casas, sem sitio para onde ir, sem medicamentos, sem água, luz e alimentos, tentando sobreviver às investidas criminosas de quase 80 mil efectivos militares que tudo arrasam, por terra, mar e ar.
A CGTP-IN condena veementemente a brutal escalada na agressão israelita contra a população de Gaza. A violência e a morte andam à solta, num autêntico genocídio praticado pelas forças armadas de Telavive contra a população civil Palestiniana, que já matou em poucos dias muitas centenas de civis – homens, mulheres e crianças.
O mundo e as instituições internacionais não podem ficar indiferentes à política de terrorismo de estado, aos crimes de guerra e à brutal violação dos direitos humanos, perpetrados por Israel.
As autoridades de Telavive não podem permanecer impunes por estes crimes contra a humanidade. Neste contexto, são particularmente graves as responsabilidades dos Estados Unidos da América e da NATO, que apoiam financeira, militar e politicamente os falcões israelitas e também da UE e de muitos dos seus estados membros que equiparam as vítimas aos agressores e que desenvolvem amplas relações económicas e políticas com Israel.
É preciso pôr termo imediato ao massacre do povo Palestiniano. É urgente impor a paz. Israel tem de ser obrigado a parar a agressão e a retirar-se de Gaza, parte integrante da pátria Palestiniana.
Ao longo de 6 décadas, os governos israelitas firmaram acordos de paz que rapidamente rasgaram, prosseguindo o que constitui uma autêntica limpeza étnica de todo um povo. Não é pois possível, com a barbárie que desencadeou nos últimos dias, que Israel fuja uma vez mais às suas responsabilidades.
É urgente que os trabalhadores e as forças amantes da Paz aumentem a sua denúncia e protesto e se mobilizem contra este horrendo assassinato de uma população indefesa.
É urgente que a ONU, outras instâncias internacionais, a UE e os seus estados membros utilizem todos os meios ao seu alcance para travar o genocídio que está a ser cometido pelo exército israelita.
No respeito pela Constituição da República, o governo português tem de assumir uma inequívoca posição de condenação destas atrocidades e tomar medidas no sentido de suspender, de imediato, quaisquer laços económicos ou políticos com o governo de Israel.
A CGTP-IN reitera a sua profunda e activa solidariedade com os trabalhadores, o movimento sindical e o povo de Gaza e de toda a Palestina e irá reafirmar, no próximo dia 25, dia da concentração nacional de activistas sindicais, em Lisboa, a exigência do fim da agressão e da ocupação dos territórios Palestinianos por Israel.
Lisboa, 22 de Julho de 2014