Os jovens trabalhadores, com a forte participação, em todos os
distritos, na jornada de Luta do dia 1º de Maio demonstraram uma forte
rejeição às medidas que destroem os direitos, diminuem o valor dos
salários e generalizam a Precariedade e o desemprego.
Valorizar a combativa participação nas Comemorações Populares do 25
de Abril e do 1º de Maio é demonstrar a capacidade de luta e
resistência dos jovens trabalhadores e dar mais força à reivindicação
do trabalho com direitos, dizendo que “Este país também é para jovens” e
que que a Luta é para continuar e para desenvolver nas empresas e na
rua!
O envolvimento de milhares de jovens trabalhadores, um pouco por todo o país, contraria a ideia de que estamos condenados a viver com piores salários, sem direitos, com horários desregulados e em condições de trabalho precário, sujeitos ao desemprego, ao trabalho clandestino e ao trabalho não remunerado.
Os espaços da juventude, organizados no início dos desfiles contaram com inúmeras faixas e pan cartas onde estiveram presentes as reivindicações do aumento dos salários, do trabalho com direitos, dos horários dignos, do respeito pela contratação colectiva, contra a desregulamentação de horários e pelos direito da paternidade e da maternidade. Contaram também com elementos que trouxeram à rua as lutas desenvolvidas em várias empresas e locais de trabalho que, desta forma, ganham visibilidade e importância, destacando a acção que muitos dirigentes, delegados e activistas sindicais desenvolvem todos os dias.
Consideramos que as Lutas nos locais de trabalho que todos os dias se desenvolvem e as acções de protesto em torno das questões mais gerais que afectam todos os trabalhadores, como a Greve Geral, a Grande Manifestação de jovens trabalhadores do dia 31 de Março e esta visível e combativa acção do dia 1 de Maio, demonstram a identificação de milhares de jovens trabalhadores com a Exigência do trabalho com direitos.
Num contexto de desemprego crescente entre os jovens, de aumento generalizado do trabalho precário e de graves retrocessos nos locais de trabalho, onde se verificam pressões e ofensivas diárias, a sindicalização de mais trabalhadores, independentemente dos seus vínculos, a acção de combate à precariedade dentro dos locais de trabalho é fundamental para alterar a situação com que nos confrontamos e exigir a efectivação dos nossos direitos.
A interjovem/CGTP-IN