O STAL Açores emitiu ontem um comunicado reivindicando melhores salários e actualização da remuneração complementar nos Açores.
Os trabalhadores acusam o Governo da República de não cumprir com as promessas e solidarizam-se com as propostas reivindicativas apresentadas a nível nacional, nomeadamente a eliminação de todas as formas de precariedade na Administração Pública e a abertura de procedimentos concursais que garantam o princípio de que, para necessidades permanentes, corresponde um vínculo efectivo. “Na Região, para além de um custo de vida agravado pela insularidade, os trabalhadores açorianos auferem um rendimento médio substancialmente inferior aos seus congéneres continentais.
Os baixos salários praticados nos Açores relacionam-se intimamente com o aumento das situações de pobreza e de exclusão social”, lê-se na nota enviada ao nosso jornal.
Recuperação do poder de compra
“A recuperação do poder de compra dos trabalhadores açorianos não é apenas justa como será também mais um estímulo à reactivação da economia regional, com efeitos positivos e imediatos em todas as ilhas dos Açores”, acrescenta.
“A remuneração complementar não é alvo de qualquer atualização desde 2012 e desde 2009 as remunerações base dos funcionários públicos também não são actualizadas. A aprovação e aplicação da Remuneração Complementar Regional é uma importante conquista dos trabalhadores açorianos, que deve ser respeitada e devidamente valorizada, porque tem contribuído para repor justiça salarial”, afirma o STAL.
Neste sentido, “urge proceder ao seu aumento na devida proporção da diferença salarial entre o continente e os Açores. O STAL não só reafirma as suas exigências como valoriza as lutas em curso que têm vindo a decorrer e se unirão na greve nacional dos sindicatos da FCSAP no próximo dia 26 de outubro”, lê-se ainda na nota, que conclui afirmando que o “ STAL exige respeito pelos trabalhadores, estando segura que no próximo dia 26 será dado o sinal de que o tempo é agora: é urgente valorizar salários e carreiras, respeitar e dignificar os trabalhadores e os serviços públicos.