Caso até 6 de Abril a administração da Águas de Portugal não responda de forma positiva ao caderno reivindicativo, os sindicatos da CGTP-IN convocarão 24 horas de greve, a realizar ainda nesse mês e abrangendo todas as empresas do grupo.
A decisão foi tomada na terça-feira, dia 27, junto das sedes do Grupo AdP e da EPAL, em Lisboa (Entrecampos), num plenário, convocado pelos sindicatos da Fiequimetal (SITE CSRA, SITE Sul, SITE Norte e SIESI), pelo CESP e pelo STAL, que constituem a Comissão Intersindical da AdP.
A reestruturação do Grupo Águas de Portugal aumentou consideravelmente o âmbito geográfico das empresas, impondo aos trabalhadores deslocações e alterações dos locais de trabalho e de horários. Foram criadas situações de discriminação, em que trabalhadores com as mesmas funções e antiguidade auferem remunerações muito diferentes.
Perante as propostas e as reivindicações dos trabalhadores e dos sindicatos, sempre disponíveis para negociar, a administração tem respondido com sucessivos adiamentos e os problemas têm-se agravado.
Não é possível aguentar mais. É tempo de dizer basta e de exigir respostas concretas. É tempo de valorizar os trabalhadores, como se afirma na resolução aprovada no plenário.
Foi lançado um abaixo-assinado, de apoio às posições sindicais e dos trabalhadores:
1. O aumento dos salários (que não são actualizados desde 2009) em 4%, num mínimo de 50 euros;
2. A uniformização do subsídio de turno e a valorização de um conjunto de subsídios em vigor em empresas do grupo (refeição: 7,50 € por dia; transporte/deslocação: 100 €/mês; prevenção: 2,50 €/hora);
3. A fixação do período normal de trabalho em 7 horas diárias e 35 horas semanais;
4. A atribuição de carreiras e categorias que correspondam às profissões efectivas dos trabalhadores, com regras expressas e objectivas de desenvolvimento profissional.