Prossegue a quinzena de luta na Páscoa com acções nas Pousadas de Portugal. O Grupo Pestana Pousadas paga salários muito baixos aos trabalhadores das Pousadas de Portugal.
Além disso, a empresa não está a cumprir o Acordo de Empresa (AE), deixou de pagar o trabalho prestado em dia feriado, em dia de descanso semanal e o trabalho suplementar, conforme determina o AE, deixou de dar o dia de aniversário, discrimina os trabalhadores nos direitos entre novos e antigos, etc.
No processo negocial em curso para a revisão do AE, a empresa insiste na retirada de direitos dos trabalhadores.
Contudo, não há nenhuma razão para esta política de baixos salários e retirada de direitos.
O sector tem tido um crescimento sucessivo desde 2013.
As Pousadas de Portugal registam a melhor ocupação de quartos e de restauração de sempre.
Os proveitos por quarto e totais são também os melhores de sempre.
Por isso, os trabalhadores estão em luta para exigir aumentos salariais justos e dignos que reponham o poder de compra perdido ao longo dos anos, a negociação do Acordo de Empresa e a manutenção dos direitos dos trabalhadores.
No processo de negociação em curso de revisão do Acordo de Empresa, um dos problemas que levou a não haver acordo, foi o facto de o Grupo Pestana pretender reduzir para metade o valor que é pago pelo trabalho em dia feriado e ainda querer ser a empresa a decidir se paga em dinheiro ou em gozo.
Hoje realizaram-se acções a nível nacional, como aconteceu na Pousada do Freixo, no Porto, das 10 às 12 horas, com distribuição de comunicados em inglês e português aos clientes, acções que prosseguem amanhã em todo o país, como acontecerá na Pousada Monte Santa Luzia em Viana do Castelo.
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte