Vai ser apresentada queixa ao Ministério Público contra a corticeira Fernando Couto, anunciou o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, na acção de solidariedade com a trabalhadora Cristina Tavares, vítima de assédio no trabalho naquela empresa.
Na acção de solidariedade, que decorreu esta sexta-feira, em Paços de Brandão, à porta da corticeira, o secretário-geral da CGTP-IN afirmou também que irá pedir uma reunião urgente ao ministro do Trabalho por causa da inoperância da ACT - Autoridade para as Condições de Trabalho, se entretanto não forem anunciadas as coimas que resultam dos três autos que já levantou pelas infracções e ilegalidades cometidas pela corticeira Fernando Couto.
A demora da ACT em aplicar as coimas também mereceu a crítica do SOCN – Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte que emitiu um comunicado onde considera “ inadmissível que passados 4 meses, a ACT apesar de ter levantado autos, ainda não tenha aplicado as respetivas coimas e a empresa continue a desrespeitar a sentença do Tribunal da Relação do Porto. Nesse sentido exige-se que a ACT sancione, de forma exemplar, a empresa.”
Durante a acção de solidariedade, a CGTP-IN e o SOCN reafirmaram que continuarão a desenvolver todas as ações e lutas necessárias até que seja posto cobro a este atentado e saudaram “a trabalhadora Cristina Neves Tavares, pela sua coragem e resistência face ao terrorismo psicológico a que está a ser sujeita pela empresa Fernando Couto, Cortiças, SA.
Relativamente às declarações públicas de um representante da empresa, o sindicato afirma que “é lamentável que esta continue a recorrer à mentira para justificar o que é injustificável. Desde logo porque o posto de trabalho da trabalhadora não foi extinto, dado que continua a ser ocupado rotativamente por colegas suas. Depois porque é no mínimo estranho que uma empresa que devia rentabilizar os seus meios humanos para produzir, castigue e humilhe uma trabalhadora com tarefas improdutivas, ou seja, montar e desmontar a mesma palete com as mesmas rolhas durante 9 horas por dia”.
FONTE: SOCN – Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte