Enquanto continuam a crescer os proveitos e se abrem novos estabelecimentos na hotelaria do Algarve, os rendimentos dos trabalhadores mantêm-se estagnados ou decrescem, aumenta a precariedade dos vínculos laborais, a desregulação dos horários de trabalho, o assédio e a repressão, o não pagamento das horas extra, feriados e folgas trabalhadas.
Para o Sindicato da Hotelaria do Algarve, as más condições de trabalho e de vida a que estão sujeitos os trabalhadores deste sector, devem-se principalmente ao bloqueamento da contratação colectivo e ao clima de impunidade sentido pelos patrões devido à falta de intervenção eficaz da Autoridade para as Condições no Trabalho.
Foi para denunciar aquele quadro de injustiça que dirigentes, delegados e activistas sindicais da hotelaria do Algarve levaram a cabo, ontem, uma acção de contacto com trabalhadores da restauração e similares que culminou com uma concentração em frente à Câmara Municipal de Albufeira, onde foi aprovada uma moção dirigida à Associação da Hotelaria e Restauração de Portugal, que tem um posto de atendimento no interior da câmara municipal.
No decorrer da acção foi distribuído um comunicado sobre a referida situação contraditória que se vive no sector do turismo. Por uma lado, continua a verificar-se um crescimento dos proveitos e a abertura de novos estabelecimentos e, por outro lado, os rendimentos dos trabalhadores mantêm-se estagnados ou decrescem, assim como se continua a verificar um aumento da precariedade dos vínculos laborais, da desregulação dos horários de trabalho, do assédio e da repressão, o não pagamento das horas extras, feriados e folgas trabalhadas.
O Sindicato da Hotelaria do Algarve apela à sindicalização de todos os trabalhadores para reforçarem o seu sindicato, de classe, e exigirem melhores salários e condições de trabalho.
FONTE: Sindicato da Hotelaria do Algarve