Com a greve convergente nos centros de contacto da EDP, dia 13, e deste e outros «projectos» subcontratados à Randstad, no dia 18, os trabalhadores voltaram a mostrar-se unidos e determinados na luta por aumentos salariais e contra o regime de outsourcing, que serve para manter salários baixos e alta precariedade. Dia 24 há nova jornada.
No dia 13, a greve de 24 horas nos call centers da EDP em Seia (subcontratado à Manpower) e em Lisboa e Elvas (estes subcontratados à Randstad) teve 95 por cento de adesão. O SITE Centro-Norte organizou uma concentração de trabalhadores, durante a manhã, no exterior das instalações, em Seia. A Sul, a greve afectou outros clientes da Randstad (Randstad II Prestação de Serviços, L.da).
O SIESI apresentou ainda pré-avisos de greve na Randstad para 18 e 24 de Junho, abrangendo a EDP e outros clientes (projectos, segundo a designação interna da multinacional de trabalho temporário).
No dia 18, durante a greve, teve lugar uma concentração junto do edifício onde funciona o centro de contacto da EDP, em Lisboa (Parque das Nações).
Como motivo da luta foi também destacada a situação em que se encontra a operação para a HC (empresa da EDP em Espanha), que tem final anunciado para dia 30 de Junho, pretendendo a Randstad transferir 38 trabalhadores para outro local de trabalho.
Na concentração compareceram igualmente trabalhadores da Randstad que trabalham para outros clientes, como NOS, Vodafone, 360 Imprimir, Nestlé, também abrangidos pelo pré-aviso de greve do SIESI.
Como o sindicato tem denunciado, a Randstad trata os trabalhadores como «bolas de ping-pong», colocando-se a trabalhar ora para a EDP, ora para a NOS, a MEO ou outra qualquer área de negócio.
A greve de dia 24 também abrange os trabalhadores da Randstad nos diferentes projectos, exigindo respostas ao caderno reivindicativo comum e soluções para os problemas específicos colocados à empresa pelo sindicato.
Para as 10 horas está marcada concentração junto da sede da Randstad, em Lisboa (Avenida da República, 26), onde estará também o coordenador da Fiequimetal, Rogério Silva.
Fonte: Fiequimetal