O Governo não tomou até agora nenhuma medida para proteger os trabalhadores das salas de jogos dos casinos e do bingo.
Mais, uma vez, como aconteceu com a Lei do Tabaco, o Governo discriminou estes trabalhadores, deixando-os ao abandono completo.
Por sua vez, as concessionárias dos casinos não tomaram nenhuma medida verdadeiramente preventiva para proteger clientes e trabalhadores, limitando-se apenas a fazer circulares onde reforçam a limpeza nos acessos, casas de bando e salas de jogo e colocam gel desinfetante nas salas, mesas e bancas de jogo, circulares que, aliás, nem estão a ser cumpridas integralmente.
O mínimo que se exigia ao Governo e às concessionárias dos casinos, era que restringissem o acesso aos casinos a apenas clientes/jogadores, vedando por isso a entrada de visitantes, turistas, mirones e outras pessoas que permanecem nas salas tempos infinitos sem jogar.
Além disso, deveriam limiar o número de jogadores por mesa e banca, abrir mais meses e bancas disponíveis para permitir menor contacto entre clientes e entre estes e os trabalhadores.
Recorde-se, que, por exemplo, numa banca francesa, podem estar 20 parceiros a jogar, uns encostados aos outros e outros tantos a presenciar, para além dos pagadores de banca e fiscais de banca.
Nas salas do jogo do bingo a situação ainda é pior pois nem circulares foram feitas, não existe gel desinfetante e as consequências aí estão, com o encerramento hoje da sala do bingo Trindade no Porto devido a uma cliente infetada de Felgueiras.
Aqui os trabalhadores circulam mesas de 6 ou 8 jogadores para lhes vender bilhetes ou servir bebidas e serviço de refeições.
A FESAHT já exigiu ao Governo medidas imediatas que protejam a vida e saúde dos clientes e trabalhadores das salas de jogo dos casinos e bingos.
Lisboa, 13 de março de 2020
A Direcção Nacional/ FESAHT