casa da moeda"O SINTTAV não queria acreditar e só acreditou quando tomou conhecimento escrito da situação": A INCM Imprensa Nacional-Casa da Moeda, empresa de capitais exclusivamente públicos, despediu 10 trabalhadores com contratos temporários, com efeitos imediatos, ao arrepio das recomendações do Governo. É com a frase de incredulidade transcrita acima que começa a carta enviada ontem ao presidente da INCM pelo sindicato que representa aqueles trabalhadores, SINTTAV, para exigir a reanálise da situação.

Na carta, o sindicato refere que foi com incredulidade que tomou conhecimento dos despedimentos, uma vez que “tinha acabado de emitir um comunicado para os trabalhadores da INCM, onde valoriza a postura da Empresa em todo este complicado e grave processo do COVID-19".

O SINTTAV afirma que uma medida deste tipo, "que no mínimo é desumana (...) choca com o discurso do Senhor Primeiro Ministro, quando faz um apelo à estabilidade”.

A posição do SINTTAV em relação à situação laboral na Empresa é muito clara desde o primeiro momento – “Primeiro está a saúde e a vida dos trabalhadores e só depois o lucro das empresas” afirma o sindicato, na carta ao presidente da INCM.

O caso é tanto mais incompreensível porquanto o serviço de produção que vinha a ser desempenhado por aqueles trabalhadores temporários poderia continuar a laborar, segundo as informações que o sindicato dispõe.

“A sua suspensão traduz-se no poupar “uns trocos” no contexto da INCM, mas para os trabalhadores, a quem foi suspenso o contrato “com efeitos imediatos”, traduz-se em lhes retirar de imediato o seu magro sustento” acusa o SINTTAV.

“Neste contexto e tratando-se, por um lado de trabalhadores dos mais vulneráveis em termos económicos e por outro como o trabalho que vinham desempenhado não deixou de existir e a sua manutenção não coloca em causa nenhuma das medidas de emergência, o SINTTAV solicita uma reanálise à situação no sentido dos trabalhadores poderem continuar a manter o seu trabalho”, termina a carta do SINTTAV ao presidente da INCM

FONTE: SINTTAV