A administração da REN reconhece que os trabalhadores têm demonstrado uma entrega e uma dedicação excepcionais, mas pretende adiar a negociação de aumentos salariais para depois da crise sanitária.
Na reunião de quinta-feira, dia 26, por videoconferência, foi comunicada pela administração da REN a impossibilidade de apresentar qualquer proposta até ao fim desta crise, refere a comissão negociadora sindical da Fiequimetal, numa informação aos trabalhadores.
A CNS/Fiequimetal repudiou esta atitude de suspensão das negociações, numa altura em que os trabalhadores, que têm sido, nas palavras da própria administração, de uma entrega e dedicação excepcionais, necessitam de um incentivo, de uma prova de que a administração se preocupa com eles e os valoriza.
Não podemos esquecer que o custo de vida está a aumentar de forma assustadora, devido à crise sanitária e a manobras de especulação diversas.
A administração tem condições para fazer reconhecer nos salários o esforço e dedicação de quem veste a camisola nos tempos de crise. Os lucros são sobejamente conhecidos e o serviço está a ser prestado sem grandes interrupções, com o esforço acrescido dos trabalhadores.
E a COVID-19?
A administração da REN afirma que estão previstos vários cenários de contingência para fazer frente à crise, que podem passar por alterações de horários ou outras soluções que se venham a mostrar necessárias.
A CNS/Fiequimetal alertou para o esforço acrescido que o agravamento de horários vai trazer para os trabalhadores e reafirmou a opinião de que, caso o horário venha a ser alterado, esse esforço deve ser compensado, ao contrário do que a administração propõe, que é uma alteração sem qualquer compensação aos trabalhadores.
A administração afirmou que ainda não está previsto quando e se irá ser aplicado esse cenário.
FONTE: FIEQUIMETAL