O STEFFAs solicitou hoje, em ofício dirigido ao Ministro da Defesa Nacional, a sua intervenção com carácter de urgência, no sentido de que o Estado, enquanto acionista da OGMA, SA, assegure a colocação, em articulação com a Administração da empresa, de todos os trabalhadores não imprescindíveis em situação de licença remunerada a 100%, assegurando a manutenção de todos os postos de trabalho.
Nota aos Órgãos de Comunicação Social do Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa
SITUAÇÃO DOS TRABALHADORES DA OGMA – INDÚSTRIA AERONÁUTICA DE PORTUGAL, SA DURANTE A EPIDEMIA DE COVID-19
STEFFAs SOLICITA INTERVENÇÃO DO MINISTRO DA DEFESA ENQUANTO REPRESENTANTE DO ACCIONISTA ESTADO PARA A RESOLUÇÃO DO PROBLEMA
Na OGMA, SA, apesar de algumas medidas tomadas pela administração no âmbito da prevenção em contexto da actual epidemia, subsiste ainda grande dificuldade, e mesmo impossibilidade, em observar, de forma escrupulosa e constante, as directrizes emanadas pelas Autoridades de Saúde, sendo esta situação motivo de grande ansiedade e preocupação entre as centenas de trabalhadores que continuam a laborar na empresa.
Uma preocupação adicional surgiu quando a OGMA, SA começou, no final da semana passada, a solicitar a vários trabalhadores a utilização de férias e descansos compensatórios. Deve-se esta solicitação, segundo a empresa, a uma quebra já acentuada na produção, por falta de material e por adiamento/cancelamento de encomendas. Esta é uma solução injusta, pois são os trabalhadores a arcar com o prejuízo da redução de tempos reservados ao seu descanso ao lazer. Além disso, muitos trabalhadores já utilizaram, em grande número, dias de férias e descansos compensatórios que possuíam para fazer face a necessidades de acompanhamento familiar durante este contexto, pelo que a continuação desta prática não é sequer solução viável, dada a expectável duração da epidemia.
Acresce que, a muito curto prazo, a OGMA, SA poderá reunir as condições necessárias para poder recorrer ao mecanismo de lay-off simplificado criado pelo Governo. Este Sindicato entende que a concretização desta hipótese seria altamente lesiva para os interesses dos trabalhadores da OGMA, SA, bem como para a própria empresa, o sector da Defesa Nacional e o tecido industrial do país.
Por estes motivos, o STEFFAs solicitou hoje, em ofício dirigido ao Ministro da Defesa Nacional, a sua intervenção com carácter de urgência, no sentido de que o Estado, enquanto acionista da OGMA, SA, assegure a colocação, em articulação com a Administração da empresa, de todos os trabalhadores não imprescindíveis em situação de licença remunerada a 100%, assegurando a manutenção de todos os postos de trabalho.
FONTE: Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa