A FENPROF entregou hoje, na Assembleia da República, a petição que reclama a realização de testes a toda a população escolar. A FENPROF já tinha reunido ontem 4500 assinaturas, mais meio milhar que as necessárias para a petição ser debatida sessão plenária da AR. Apesar desta entrega, feita de imediato para acelerar a discussão parlamentar, a petição continuará a recolher assinaturas, que serão acrescentadas posteriormente e também, na qualidade de abaixo-assinado, entregues ao Governo.
Nota à Comunicação Social da FENPROF
FENPROF antecipa um dia a entrega da Petição que reclama a realização de testes a toda a comunidade escolar
A FENPROF antecipou para esta terça-feira a entrega, na Assembleia da República, da petição que reclama a realização de testes a toda a população escolar. A FENPROF esperava reunir 4000 assinaturas em 4 dias, a uma média de mil por dia, mas, ao final do terceiro dia (segunda, dia 11), já atingia as 4500. Recorda-se que as petições, para serem debatidas em sessão plenária, terão de reunir mais de 4000 assinaturas. Assim, nesta terça-feira, 12 de maio, a Petição foi entregue por via eletrónica nos serviços da Presidência da Assembleia da República. Apesar desta entrega, feita de imediato para acelerar a discussão parlamentar, a petição continuará a recolher assinaturas, que serão acrescentadas posteriormente e também, na qualidade de abaixo-assinado, entregues ao Governo.
A FENPROF alertou ontem o Ministério da Educação para a necessidade de realização destes testes como condição para professores, trabalhadores não docentes, alunos e famílias se sentirem confiantes no regresso à atividade presencial. A realização dos testes de despistagem da Covid-19 permitirá perceber se entre todos os que irão partilhar espaços nas escolas existem situações de infeção assintomática que, por via de contágio, poderão criar graves problemas de saúde a novos infetados, sejam membros da comunidade escolar ou seus familiares; permitirá, pois, tomar medidas adequadas para que o regresso às escolas se faça em condições de maior segurança. Recorda-se que, em Portugal, o número de pessoas com infeção ativa continua a aumentar, ainda que a um ritmo mais lento do que anteriormente. Com a reabertura de escolas, jardins de infância, creches, instituições de ensino especial e ATL, esse ritmo poderá acelerar, o que será tanto mais provável quanto menor for o conhecimento do estado de saúde da comunidade escolar.
Se a ideia do governo é a de proporcionar a imunidade de grupo, também a partir das escolas, a FENPROF não pode deixar de contrapor declarações recentes de responsáveis da OMS que veem com preocupação um processo que pode custar vidas humanas, lembrando que o conceito de imunidade de grupo tem origem na epidemiologia veterinária e considerando um "cálculo perigoso" a sua aplicação aos humanos.
Por último, recordam-se as palavras da Senhora Ministra da Saúde, que, há apenas dois dias, reiterou que a lógica, neste momento, passa por testar, testar, testar. Por que deveria essa lógica passar ao lado das escolas e de toda a comunidade escolar?
FONTE: FENPROF