A ANA Aeroportos de Portugal teve, nos últimos 7 anos, 1.173,2 milhões de euros de lucros, sendo que, só em 2019, para um volume de negócios de 847 milhões de euros, os custos com pessoal representavam menos de 10% desse valor. O SITAVA não aceita que, mais uma vez, sejam os trabalhadores a pagar a factura e a contribuir para os dividendos do accionista Vinci, e desafia a ANA a “voluntariar-se”, cumprindo assim com os seus trabalhadores a avaliação de desempenho e a consequente evolução na carreira.
Comunicado do SITAVA:
DESENVOLVIMENTO NAS CARREIRAS PROFISSIONAIS
Chegados ao mês de agosto, começa a ficar evidente que a COVID-19 tem servido de desculpa para tudo, incluindo para a não concretização do SAD, o que tem atrasado o desenvolvimento nas carreiras profissionais.
É hora de relembrar que os trabalhadores têm correspondido de forma “voluntária” às medidas de mitigação propostas pela ANA Aeroportos de Portugal, reduzindo tempos de trabalho e, consequentemente, os seus salários.
Ainda no que diz respeito aos horários de trabalho, os trabalhadores têm, de forma muito compreensiva, acedido a horários com irregularidades à margem do Acordo de Empresa, mas em prol de mais medidas de mitigação e para a segurança de todos, evitando hipotéticas contaminações em grupo.
É hora de relembrar também que os sindicatos e os trabalhadores acederam em adiar a revisão salarial que estava prevista para 2020.
Mas o SITAVA e os trabalhadores sabem que, apesar dessa onda de “solidariedade” à volta deste flagelo, o Acordo de Empresa não está suspenso e, por isso, o seu conteúdo tem de ser cumprido pelas partes!
Nesse sentido, reiteramos que o que está definido no Anexo III (Sistema de Carreiras, cláusula 5ª – Desenvolvimento nas Carreiras Profissionais) tem de ser cumprido, não sendo da responsabilidade dos trabalhadores eventuais falhas no cumprimento do estipulado!
Será que a empresa ANA, com tão bons resultados operacionais nos últimos anos, quer “assobiar para o lado” com a evocação da COVID-19, no que diz respeito às reais expectativas dos seus trabalhadores?
Nunca é demais relembrar que a ANA teve, nos últimos 7 anos, 1.173,2 milhões de euros de lucros, sendo que, só em 2019, para um volume de negócios de 847 milhões de euros, os custos com pessoal representavam menos de 10% desse valor!
O SITAVA não aceita que, mais uma vez, sejam os trabalhadores a pagar a fatura e a contribuir para os dividendos do acionista Vinci, e desafia a ANA Aeroportos de Portugal a “voluntariar-se”, cumprindo assim com os seus trabalhadores a avaliação de desempenho e a consequente evolução na carreira.