Na reunião negocial de quarta-feira, sobre matérias colocadas desde o acordo salarial, estava em discussão o subsídio de estudo a descendentes. Mas, da parte da empresa, foi mais uma reunião sem proposta, afirma a Fiequimetal num comunicado aos trabalhadores em que protesta por não se ver ainda luz ao fundo do túnel.
Para além da proposta, é necessário que a administração forneça dados ainda em falta, para se poder aferir a justeza de algumas ideias avançadas. A nova promessa da administração é que fornecerá estes dados durante a próxima semana e, depois, fará mais uma ronda de negociações bilaterais, culminando numa sessão plenária, no dia 28.
A comissão negociadora sindical liderada pela Fiequimetal criticou a actuação da administração que, após várias propostas do nosso representante na Comissão de Acompanhamento da Saúde, não enviou ainda nenhuma das informações sobre a actividade dessa comissão, que deveriam ser enviadas a todos os sindicatos e à Comissão de Trabalhadores, exigindo que tal seja feito imediatamente.
Foi apresentada pela administração uma proposta de calendário para o processo eleitoral dos representantes dos trabalhadores para a SST onde constam o número de Comissões de Segurança a criar e o número de elementos propostos para cada uma delas. O processo irá agora continuar com uma reunião no próximo dia 27.
No contexto desta reunião, a Fiequimetal suscitou ainda a abordagem de outras matérias, designadamente:
– Várias questões relacionadas com a saúde, como, por exemplo, o deficiente funcionamento de alguns postos médicos, que não estão a cumprir os serviços mínimos estipulados para enfrentar a pandemia, e um problema de devolução dos pedidos de reembolso, por terem credenciais fora de prazo, quando tinha sido afirmado que esses prazos tinham sido prorrogados e as dificuldades em obter receituário em posto identificado;
– A necessidade de melhorar os enquadramentos e de acelerar as carreiras dos trabalhadores que, estando nas bases mais baixas, substituíram colegas que passaram à reforma, a exemplo, nos regimes especiais de trabalho (turnos);
– Pretendemos negociar o subsídio de disponibilidade, por forma a criar um valor mínimo, que propomos ter como referência a BR 17.
– A necessidade de garantir um intervalo obrigatório entre jornadas de trabalho para os trabalhadores que fazem trabalho suplementar na sequência da disponibilidade;
– A criação do prémio de chamada para quem não está de serviço e mesmo assim é chamado para acorrer em caso de necessidade extrema;
– A necessidade de a empresa garantir que as equipas têm o número adequado de trabalhadores nas diversas áreas operacionais, tendo em conta as diversas geografias do País, e não só uma visão economicista, que sobrecarrega quem anda no terreno.