Luta pela refinaria do Porto prossegue dia 2 em LisboaAs organizações representativas dos trabalhadores da Petrogal (Grupo Galp Energia) não aceitam a decisão da administração, apadrinhada pelo Governo, de fechar em 2021 a refinaria instalada há mais de 50 anos em Matosinhos e que é um activo estratégico da região e do País. Uma nova acção de luta vai ter lugar em Lisboa, a 2 de Fevereiro.

Nesta acção vão participar trabalhadores das duas refinarias (Porto e Sines) e dos serviços centrais.

Para as 10h00, está marcada uma tribuna pública frente à sede da Petrogal e do grupo, nas Torres de Lisboa.

Às 12h00, uma iniciativa similar vai decorrer junto à residência oficial do primeiro-ministro.

As ORT tomaram medidas para permitir uma participação alargada e asseguram que serão cumpridas todas as regras de segurança e saúde.

A única razão!

A Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal, a Fiequimetal/CGTP-IN e os sindicatos SITE Norte, SITE CSRA, SITE Sul e SICOP insistem em denunciar que, por trás da densa nuvem de propaganda e falsa argumentação, aquilo que move a administração não são as preocupações ambientais, nem o abrandamento económico provocado pela pandemia, nem a transição energética.

A única razão para a administração ter mudado a sua posição de defesa da refinação (assumida em Fevereiro de 2019, no âmbito do «Roteiro para a Neutralidade Carbónica») são os fundos comunitários com que o Governo lhe acenou.

A única alternativa!

Para os trabalhadores e as suas organizações representativas, tendo em conta os superiores interesses locais e nacionais, bem como os lucros obscenos que o Grupo Galp Energia arrecada desde a sua criação, considera-se urgente o retorno do Grupo Galp Energia ao controlo público.

Além disso, é necessário:

• Reverter a decisão da administração da Petrogal de encerrar a refinaria em Matosinhos, mantendo a sua produção específica essencial, com os seus actuais postos de trabalho;

• Investir no complexo industrial, de forma a proporcionar uma transição para novas tecnologias de produção, tendo em vista a redução da pegada de carbono de forma sustentada e a médio prazo, com adequados programas de formação dos seus trabalhadores, permitindo assim a continuidade das instalações em funcionamento, à medida que se for avançando na produção de matérias-primas realmente renováveis.

FONTE: FIEQUIMETAL