A greve na CP, na IP e empresas afiliadas (IP-Telecom; IP-Património e IP-Engenharia) está a ter uma adesão bastante elevada, que reduziu a actividade destas empresas a serviços mínimos e mesmo assim incompletos.A palavra suprimido é a que mais se lê nos painéis informativos das estações, porque a maioria dos trabalhadores da circulação e área comercial, comando de circulação e de infraestruturas, da área oficinal, serviços de apoio técnicos/administrativos estão em greve, o que provocou a redução dos comboios da CP e da Fertágus aos serviços mínimos, à supressão dos comboios de mercadorias operados pelas empresas privadas, bem como ao encerramento de serviços da IP ligados às estradas.
Com esta greve os trabalhadores destas empresas demonstraram o seu descontentamento face ao sistemático congelamento dos salários que não têm crescido nestes últimos anos, o que os aproxima cada vez do SMN – Salário Mínimo Nacional, criando já dificuldade ao recrutamento de novos trabalhadores.
Exige-se com esta greve a admissão de mais trabalhadores, não só para substituir os que estão já em falta, mas também para fazer face ao aumento da oferta que tem vindo a ser anunciada.
Reivindica-se a harmonização das regras de trabalho na CP e na IP e luta-se pela revisão das convenções colectivas existentes e cumprimento do acordo firmado com o MIH sobre a certificação das profissões ferroviárias.
O governo agora faz a leitura da adesão a esta greve, ou certamente terá o prolongamento do conflito nestas empresas.
Fonte: Fectrans