CONCENTRAÇÃO DE TRABALHADORES DA RADITAXIS DO PORTO DIA 13 DE MAIO - FRENTE À C.M. DO PORTO - 11H ÀS 12H30
Os trabalhadores operadores de atendimento na Raditaxis do Porto, decidiram marcar greve para os dias 13 e 14 de maio por alegadamente não mais suportarem um ambiente laboral de pressão persistente configurada numa relação
autoritária, intimidatória e de «perseguição» a quem questionar uma ordem e/ou um simples pedido de esclarecimento.
A laboração é contínua (24h/dia) com turnos rotativos, cujos horários mudam constantemente a não permitir o direito a organizar a sua vida pessoal e familiar. Os trabalhadores foram contratados para atendimento de chamadas circunscritas ao Grande Porto, mas há muito que o atendimento foi alargado a outras localidades de vários pontos de norte a sul do País incluindo as Regiões Autónomas, originando um aumento significativo do volume de trabalho, mas mantendo o mesmo número de trabalhadores no atendimento.
São muitas centenas de chamadas atendidas ao dia com intervalos de segundos, num sistemático atende-atende, sem direito a pausa, nem para a toma das refeições existe interrupção de actividade.
O salário base, independentemente da categoria ou antiguidade na empresa, corresponde ao SMN (salário minimio nacional), ou seja, a actualização depende da boa vontade política dos governos, facto a registar trabalhadores com 30 ou mais anos de serviço a ganhar o SMN, precisamente o mesmo valor que outros trabalhadores com contratos muito recentes, facto que constitui uma profunda injustiça.
Com o evoluir dos tempos, é natural que as empresas procurem alterar formas e métodos de trabalho que melhores condições proporcionem aos trabalhadores e uma maior capacidade na qualidade da prestação dos serviços, mas, pelos vistos, assim não acontece na Raditaxis, o sistema de atendimento altera e a formação para a devida adaptação não é ministrada, segundo denúncia dos trabalhadores.
Muito recentemente a maioria dos trabalhadores foi surpreendida com um processo disciplinar a fundamentar «deslealdade» para com a empresa.
Este acontecimento, segundo relato dos trabalhadores, causou um sentimento de choque de indignação e de profunda injustiça, tendo em conta a sempre total disponibilidade para a empresa, mesmo sentindo que o seu esforço nunca teve um mínimo sinal de reconhecimento em termos de melhoria salarial como em melhores condições de trabalho.
Neste contexto laboral inaceitável, os trabalhadores decidiram para em sua defesa dar um safanão no medo na Raditaxis , e no primeiro dia de greve ( 13 de maio) entre as 11h e as 12h30, vão estar concentrados frente à C.M.Porto, no sentido de dar expressão pública à razão da sua greve por salários justos e melhores condições de trabalho.
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