Realizou-se hoje uma reunião no Ministério do Trabalho com a Solverde para analisar dois cadernos reivindicativos apresentados pelo sindicato para as áreas da hotelaria e do jogo.
A Solverde, numa posição radical e intransigente, recusou todas as propostas sindicais.
O sindicato vai realizar uma auscultação aos trabalhadores para agendar novas formas de luta para os próximos meses.
A Solverde não aplica qualquer contratação coletiva no setor do jogo. Na área da hotelaria viola a contratação coletiva aplicável, designadamente não paga o trabalho em dia feriado com 200% e não assegura as carreiras profissionais.
Os trabalhadores estão em luta por aumentos salariais dignos para todos os trabalhadores, pelo pagamento de um subsídio de turno similar ao que é pago noutros casinos, pela atualização do subsídio de alimentação, abono de falhas e diuturnidades, por carreiras profissionais, redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais e contra as discriminações existentes nas retribuições e nas escalas.
A Solverde paga apenas o salário mínimo nacional à esmagadora maioria dos trabalhadores.
Recorde-se que a greve dos trabalhadores do Hotel Casino Chaves que se realizou dias 27 e 28 de maio teve uma grande adesão.
A sala de jogos tradicionais teve uma adesão de 100%. Não funcionou nenhuma banca de jogo.
A sala de jogos das máquinas teve uma adesão de 100%. Só uma caixa esteve aberta e foi assegurada por uma diretora.
Não houve nenhum porteiro de serviço. O serviço de portaria esteve assegurado por dois diretores.
O sindicato exigiu à inspeção de jogo o encerramento do casino por não haver condições mínimas legais para o seu funcionamento.
No hotel, não esteve ao serviço nenhum rececionista. Também aqui a adesão foi de 100%. O diretor substituiu os rececionistas da noite e uma secretária da direção e um assinte de direção substituíram os rececionistas dos turnos da manhã e da tarde.
A adesão das empregadas de andares e limpeza também foi significativa, havendo apenas menor adesão à greve na cozinha e restauração.
A empresa contratou bagageiros para a receção e empregadas de quartos para os andares.
O sindicato está a preparar uma queixa-crime pela substituição ilegal de grevistas no hotel
Esta foi uma das maiores greves de sempre nos casinos.
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte