Os factos, os dados e os números, confirmam o alerta que fizemos há meses atrás: o nosso poder de compra dos salários está a ser dizimado por uma inflação que não pára de subir.
Segundo os dados do governo, a inflação média verificada já atingiu os 7,5%, isto sem contar com os novos aumentos do preço do gás, da eletricidade e dos juros, nomeadamente para quem solicitou um empréstimo ao banco para compra de casa.
Por isso é chegado o momento de fazer contas e dizer basta ao assalto de que estamos a ser vítimas.
A verdade é que para manter o poder de compra num salário de mil €, o aumento mensal deve ser de 75€ e não de 25 €, como foi aplicado na Carris, CarrisBus e CarrisTur.
Uma diferença de 50 €, que multiplicada pelos 14 meses de retribuição, corresponde a 700€ anuais que não nos estão a ser pagos.
Neste contexto bem pode o governo devolver 125€ em Outubro. O problema é que, mesmo assim, continuamos a ser prejudicados em 570€ anuais.
Ou seja, estamos a ser roubados em mais de metade de 1 salário.
Uma situação inadmissível no momento em que se acentuam as desigualdades, com os
obscenos lucros de uns, a rivalizar com as crescentes dificuldades da generalidade das famílias.
É hora de os trabalhadores fazerem ouvir a sua voz e exigirem aquilo a que têm direito. Um salário que valorize as suas profissões e assegure o bem-estar das suas famílias.
Assim apelamos a todos os homens e mulheres que aqui trabalham, que subscrevam o abaixo-assinado, a exigir um aumento intercalar, que assegure o pagamento, em 14 meses da diferença entre os 25€ aplicados e o valor da inflação verificada.
O momento que vivemos exige a participação de todos, independentemente das opções sindicais de cada um.
É preciso que o Conselho de Administração sinta o descontentamento reinante e a firme determinação dos trabalhadores, em lutar pela reposição do poder de compra e a defesa da sua dignidade.
Contamos contigo para a melhoria dos salários de todos!
Fonte: STRUP