Após o sucesso uma greve que levou a empresa a aumentar os salários, a wTplay manteve uma atitude que pode configurar a prática de assédio laboral e perseguição sindical. Logo após a greve, foi proposto à delegada sindical a mudança de projecto e posteriormente o despedimento por alegada extinção do posto de trabalho. Entretanto, regressada ao trabalho após uma cirurgia para remoção de um tumor cerebral, a delegada sindical do SINTTAV foi confrontada, mais uma vez, com uma transferência compulsiva de posto de trabalho - o que viola a regulamentação de trabalho.
Nota de Imprensa do SINTTAV:
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual - SINTTAV é representativo de grande número de trabalhadores da empresa wTPlay - Serviços Interactivos de Entretenimento, Lda., uma empresa do grupo wTVision queque opera no mercado audiovisual português fornecendo serviços e mão de obra aa clientes nas áreas de televisão entre as quais a RTP, NOS, Altice, TV Globo, Eeven Sports e Canal Q, em áreas de infografismo e gestão dos seus canais.
Há cerca de um ano, o SINTTAV detectou, e denunciou publicamente, os baixos salários praticados pela empresa em muitos casos perto do salário mínimo dada altura, 665 euros), bem como a sua irredutibilidade em negociar condições dignas para os seus trabalhadores, apesar de sistematicamente se gabar dos lucros que a ia obtendo.
Este processo foi levado ao extremo pela em presa até que os trabalhadores resolveram fazer uma greve que teve algum sucesso levando a gestão a realizar aumentos substanciais e a colocar em prática formas rudimentares de um plano de carreiras. Apesar disso, a wTplay manteve a sua postura claramente anti sindicato, recusando qualquer diálogo construtivo, mudando os horários de trabalho praticados há anos só ao projecto onde a nossa delegada sindical na empresa, está nserida (NOS), levantando suspeitas legítimas de se tratar de uma represália.
Responsabilizando (e com razão) o sindicato pela acção reivindicativa que brigou a
aumentar os seus trabalhadores, a wTplay parece agora apostada em recorrer a algo que pode constituir a prática de assédio moral e perseguição sindical.
Logo após a greve de há um ano, foi proposta à delegada sindical a mudança de projecto e posteriormente despedimento por alegada extinção o posto e trabalho através do pagamento de uma pequena verba a que a empresa chamava “indemnização”. A trabalhadora recusou, mas foi avisa da de que tal recusa a deixaria em má situação. A empresa também contactou a delegada estando esta de férias um dia antes de ser submetida a uma cirúrgica de remoção de um tumor cerebral
Esta contínua pressão, bem como um ambiente de trabalho que, entretanto, foi degradado
sem a sua responsabilidade, penas foi interrompida quando a a trabalhadora foi forçada a requerer uma prolongada baixa médica, devido ao seu debilitado estado de saúde.
Regressada ao trabalho, a delegada sindical do SNTTAV foi então confrontada mais uma vez, com uma transferência compulsiva de posto de trabalho - o que viola a regulamentação de trabalho.
Para esta sequência de pressões, bem como para a insistência naquilo que só pode ser visto como o piorar das condições da trabalhadora não encontramos qualquer outra justificação senão o facto desta ser delegada sindical. A provar-se, este tipo de atitudes constituem uma grosseira violação da Lei.
O SINTTAV não deixará de denunciar publicamente esta onda de casos de assédio moral crescente no seu ramo de actuação, as telecomunicações e os audiovisuais, para que a decisão histórica sobre o caso de Cristina Tavares, passe a fazer parte das práticas de gestão, não só de empresas com marcas reconhecíveis, preocupadas com os seus danos reputacionais, mas também das empresas que para elas trabalham nos bastidores e onde por vezes reinam ambientes de medo, represálias e precariedade que não aceitaremos nunca!
Fonte: SINTTAV