A administração da EDP não respondeu no prazo legal à reivindicação de um aumento salarial imediato de 150 euros, que a Fiequimetal e os sindicatos apresentaram a 12 de Outubro. Não se pode esperar, é preciso agir!
A ilegal falta de resposta patronal foi questionada num ofício que a Fiequimetal enviou à administração.
Acusando a empresa de desrespeito pelos trabalhadores e os seus sindicatos, a Comissão Intersindical da EDP (sindicatos SIESI, SITE CSRA, SITE Centro-Norte e SITE Norte) exige o respeito pela negociação colectiva, um direito inscrito na Constituição, e alerta que, a manter-se esta postura anti-negocial da Administração, analisará com os trabalhadores acções a desenvolver.
Num comunicado que emitiu hoje, a estrutura da Fiequimetal no Grupo EDP recorda que este tem vindo a apresentar lucros cada vez maiores e, nos primeiros nove meses deste ano, já atingiu a bonita soma de 968 milhões de euros (resultado atribuível e interesses não controláveis), um aumento de 35,2 por cento, em relação ao mesmo período de 2021.
A reivindicação de mais 150 euros no salário de cada trabalhador é mais do que justa, para fazer face ao aumento da inflação que, entretanto, já atingiu 11,1 por cento. O aumento do salário é condição essencial para que haja um mínimo de justiça na distribuição da riqueza criada.
A administração, que afirma ser a EDP uma empresa de referência e “top employer”, tem de passar das palavras bonitas aos actos e valorizar o seu capital mais importante, os trabalhadores
Fonte: Fiequimetal