Um plenário com os trabalhadores da EGOR, que trabalham para a E-Redes, marca amanhã, dia 18, às 11h00, no Porto, em frente ao edifício da Altice (Rua Tenente Valadim), o início de uma campanha sindical nacional contra os vínculos precários, por via de «prestadores de serviço», no Grupo EDP.
Para esta situação, criada e mantida ao longo de vários anos em centros de contacto, lojas e serviços técnicos, a Fiequimetal e os sindicatos (SITE Norte, SIESI, SITE CSRA e SITE Centro-Norte) exigem uma solução, como se adianta numa nota à comunicação social: a integração dos trabalhadores nas empresas da EDP, para as quais efectivamente trabalham, com os salários e direitos previstos no Acordo Colectivo de Trabalho do grupo.
No plenário participará, entre outros dirigentes, o coordenador da federação, Rogério Silva, que fará uma apresentação da campanha nacional.
EGOR ignora sindicato
Os trabalhadores que, através da EGOR, laboram para a E-Redes, alguns há 10 anos ou mais, fazem-no em exclusivo. Além de só trabalharem para a E-Redes (antiga EDP Distribuição), receberam formação de técnicos da EDP.
A E-Redes não possui, hoje em dia, ninguém com condições para realizar este serviço.
Grande parte deles recebe o salário mínimo, embora execute um trabalho muito específico, único no País. Alguns trabalhadores têm qualificações superiores.
O índice de sindicalização no SITE Norte é elevado. Foi eleita uma delegada sindical e foram realizados, nos últimos meses, dois plenários presenciais, bem participados.
Foram apresentados à EGOR os cadernos reivindicativos de 2022 e 2023, mas a empresa não respondeu.
No plenário de dia 18 será analisada esta situação e, muito provavelmente, vão ser tomadas decisões relativas a formas de luta a curto prazo.