Ao contrário do que tem vindo a ser política salarial da Fnac Portugal, para o ano de 2023 a empresa apresenta aos seus trabalhadores uma tabela salarial que tem como base as categorias profissionais estabelecidas pelo contrato colectivo em vigor no sector. Este reconhecimento é, aliás, uma reivindicação de há muito tempo do CESP junto da Fnac, tendo em vista a justa valorização dos seus trabalhadores. Nesse âmbito, apresentámos, no início de 2023, o caderno reivindicativo que tinha, precisamente, uma tabela salarial reivindicada e subscrita pela maioria dos trabalhadores.

Dado o passo do reconhecimento da necessidade da diferenciação sala­rial entre categorias profissionais - o que representa uma parte do caminho -, faltou a justa valorização dessas mesmas categorias (tal como a que consta nas tabelas do caderno reivindicativo), bem como uma distribuição mais alargada, sobretudo a trabalhadores com funções de chefias operacionais e intermédias. Essa valorização salarial seria da mais elementar justiça, repondo alguma da diferença perdida nos últimos anos das remunerações base para o valor do salário mínimo na­cional. Justa também seria a reposição do poder de compra de todas as categorias profissionais dos não quadros com aumentos salariais compatíveis com o aumento substancial do custo de vida. Para isso, conti­nuamos a afirmar a justeza da nossa proposta de tabela salarial apresentada à empresa no início do mês de janeiro com solicitação (não res­pondida até à presente data) de reunião com a DRH.

A Fnac pode e deve valorizar todos os seus trabalhadores e contribuir para a não degradação das suas condições de vida. A valorização de todas as categorias profissionais deverá ser a base da política salarial da empresa.

Fonte: CESP