Amanhã, quarta-feira, os trabalhadores das empresas do Grupo EDP, organizados nos sindicatos da Fiequimetal, vão fazer greve e vão levar uma clara mensagem de reivindicação e luta até junto da sede da empresa, na Avenida 24 de Julho, em Lisboa, onde se reúne a assembleia de accionistas.

Para valorizar aqueles que garantem que o Grupo EDP continua a aumentar o seu valor, os trabalhadores e os sindicatos persistem em exigir aquilo que os representantes patronais negaram nas negociações, nomeadamente:

— aumentos salariais de 150 euros, para todos, de modo a fazer frente à brutal subida do custo de vida;
— valorização das profissões e melhoria da progressão na carreira;
— preservar e estender a mais trabalhadores o direito à pré-reforma e a uma reforma digna;
— melhoria dos sistemas de saúde.

Embora se trate de um grupo que acumulou milhares de milhões de euros de lucros, nos últimos anos, a administração decidiu avançar com uma actualização salarial que fica abaixo do valor da inflação, agravando assim a perda de poder de compra dos trabalhadores. Mas esse tecto dos 5,1 por cento há-de servir para a empresa ganhar mais uns milhões, com redução do IRC.

Na fase negocial seguinte, em vez de apresentar propostas sobre outras matérias urgentes (como as progressões nas carreiras), a administração veio tentar negociar aquilo que já está plasmado no Acordo Colectivo de Trabalho, mas não está a ser cumprido, nomeadamente sobre reformas e pré-reformas.

Aos trabalhadores não resta outra resposta que não seja mostrarem a sua indignação e fazerem ouvir a sua voz, com uma forte jornada de luta de 12 de Abril.

FONTE: FIEQUIMETAL