Desde as 00h00m de hoje decorre uma greve nas empresas do grupo IP (IP-Infraestruturas; IP-Telecom; IP-Património e IP-Engenharia), que regista uma forte adesão, que tem como consequência uma enorme perturbação da circulação ferroviária de comboios de passageiros e mercadorias e a suspensão, no dia de hoje, das inúmeras obras que decorrem nas infraestruturas, assim como a paralisação das diversas actividades destas empresas.

Os trabalhadores lutam pela negociação do aumento intercalar, tal como aconteceu noutras empresas públicas e reclamam, nos termos do compromisso assumido pelo Ministro da Tutela no passado dia 8 de Maio, que se inicie a revisão das carreiras profissionais, tal como já decorre nas outras empresas.

Com esta forte adesão na greve, os trabalhadores demonstram que não aceitam a atitude de intransigência da administração, que visa perpetuar situações de injustiça e desvalorização dos salários e profissões nestas empresas, não sabemos se com a justificação de que, perante a dificuldade de recrutar novos trabalhadores, o melhor a fazer é externalizar ainda mais actividades que deviam estar nestas empresas.

O governo deu uma orientação para as empresas públicas, que cumpriram e onde se fizeram acordos, só a administração da IP é que não cumpriu, pelo que a pergunta que fica é:

É a administração da IP que se julga acima da tutela e, assim, desvaloriza as suas orientações recebidas, ou é o Governo que não tem autoridade sobre uma das empresas que tutela?

Fonte: FECTRANS