No seguimento da entrega do Abaixo Assinado - que recolheu 1698 assinaturas - o Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Financeira reuniu com o BNP Paribas no dia 13 de Julho de 2023, por forma a discutir as reivindicações em causa, que recordamos aqui:
• Negociação do Acordo de Empresa que regule as relações de trabalho com direitos;
• O aumento geral dos salários, repondo o poder de compra perdido com a inflação, e no mínimo 150 euros;
• Negociação de uma carreira com progressão automática que valorize a antiguidade;
• Redução do período normal de trabalho para 35 horas semanais;
• Garantia de um seguro de saúde que cubra todas as situações de doença sem custos;
• Fixar o salário para que ninguém ganhe menos que 1500 euros.
Apesar de uma postura aparentemente aberta, o BNP Paribas recusa-se a responder às necessidades dos trabalhadores, pondo de parte a possibilidade de um aumento extraordinário de salários já em 2023, justificando-se com os aumentos efetuados no CRP. O SinTAF não aceita esta justificação, dado que estas assinaturas foram recolhidas após estes "aumentos" e portanto espelham a insuficiência dos mesmos.
O BNP Paribas recusa também as 35 horas semanais de trabalho, escolhendo ignorar tanto o que é praticado na banca em Portugal como o que é praticado no seu próprio banco, dado que existem trabalhadores do BNP Paribas Portugal pertencentes ao ACT em vigor que beneficiam destas 35 horas.
Relativamente ao Seguro de Saúde o BNP Paribas escolhe ignorar o parecer dos trabalhadores sobre o assunto, recusando-se a negociar um seguro de saúde sem encargos para o trabalhador. Justifica a
sua posição com uma suposta "harmonização" de condições para os trabalhadores.
Ora, a dita harmonização, esbarra no facto de os SAMS existentes serem diferentes entre si, mas a administração do BNP parece desconhecer este facto. Já os trabalhadores, conhecem-no bem.
A administração do BNP agarra-se ao SAMS para não negociar mais nada.
Resta mencionar que, dessa "harmonização", decorre mais uma barreira financeira no acesso à saúde de cerca de um terço dos trabalhadores do Grupo - integrantes da antiga entidade do Grupo BNP, BP2S.
A preocupação que o Grupo demonstra ter com os seus trabalhadores, é mera performance.
Temos de continuar a lutar e dar a conhecer esta posição intransigente do BNP Paribas.
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira