A habitação é hoje um dos principais problemas a afetar os portugueses e a agravar as suas condições de vida. Os professores sentem-no de forma particularmente grave: por um lado, milhares de professores estão deslocados das suas áreas de residência sendo-lhes exigidas rendas proibitivas de apartamentos e, até, de simples quartos; por outro lado, os que estão a pagar empréstimos bancários, têm sido sujeitos a um aumento sem precedentes das taxas de juro, com as prestações a atingirem valores que, para muitos, já são incomportáveis. Se juntarmos a isto o preço dos combustíveis e a inflação que atinge fortemente os bens alimentares, conclui-se que muitos professores têm despesas superiores ao salário que auferem. Esse é motivo que afasta jovens da profissão, muitos deles sendo obrigados a rejeitar as colocações que obtêm. Da parte do governo e das autarquias, mesmo daquelas em que a falta de professores é mais sentida, nada é feito no sentido de garantir a colocação e fixação dos professores nas zonas em que o custo de vida é mais elevado, desde logo o da habitação, e, também por isso, faltam mais professores.

Pelas razões que antes se referem, a FENPROF e os seus Sindicatos de Professores estarão presentes nas manifestações pela habitação que se realizam no próximo sábado, dia 30, em Lisboa e noutras localidades do país. A FENPROF apela à participação dos professores nestas manifestações, não apenas aos que são diretamente afetados por este grave problema, mas a todos, porque este é um problema que diz respeito a este grupo profissional, mas também a todos os portugueses e portuguesas.

Fonte: FENPROF