30 CANTINAS ENCERRADAS, 3.300 ALMOÇOS E 4.000 LANCHES QUE NÃO FORAM SERVIÇOS ONDEM NAS CANTINAS ESCOLARES DO MUNICÍPIO DO PORTO E IGUAL NÚMERO QUE NÃO VAI SER SERVIDO HOJE DEVIDO À ADESÃO À GREVE

Os trabalhadores da Eurest, com a categoria profissional de motorista, que exercem a sua atividade nas cantinas escolares do porto, estiveram ontem e estão também hoje em greve contra a retirada de direitos, a discriminação e na defesa dos seus direitos legítimos.

Os trabalhadores sempre levaram para casa as carrinhas com que transportam as refeições de umas escolas para outras, mas a Eurest retirou esse direito aos trabalhadores, mantendo, contudo, o mesmo direito noutros concelhos, como é o caso de Gondomar e mesmo numa escola do porto.

Hoje juntaram-se a esta greve outros trabalhadores da Eurest que exercem também a sua atividade profissional nas cantinas escolares do município do porto a quem a empresa ainda não pagou o subsídio férias.

Trata-se de trabalhadores que a multinacional Eurest despediu duas vezes este ano, mas que acabou por os reintegrar como efetivos, por força da luta realizada pelos mesmos com o apoio do sindicato.

Ontem estiveram 30 cantinas encerradas, não foram serviços 3.300 almoços e 4.000 lanches e hoje a situação vai ser igual devido à adesão à greve.

A empresa recusou o diálogo com os trabalhadores e o sindicato, nem respondeu aos pedidos feitos. Mesmo depois de convocada a greve, a empresa não regularizou a situação, e podia fazê-lo pois tinha tempo para isso.

A situação foi denunciada à ACT, mas esta entidade, a quem compete fiscalizar, abandonou os trabalhadores.

A Câmara Municipal do Porto recebeu o aviso de greve, mas também não obrigou a empresa a regularizar a situação.

O sindicato requereu uma reunião ao Ministério do Trabalho, que está agendada para dia 4 de janeiro.

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