Administração da EDP voltou a gozar com quem trabalhaNa última reunião, dia 17, a administração da EDP brindou os representantes sindicais com mais uma sessão, idêntica à de dia 15, no Ministério do Trabalho: uma espécie de espiritismo, numa tentativa de os colocar numa outra dimensão, acusou a comissão negociadora da Fiequimetal. Mas já nem isso resulta. Os trabalhadores querem respostas concretas para a valorização das suas carreiras. Aumentam as razões para a luta de dia 24.

A comissão negociadora sindical (SITE Norte, SIESI, SITE Centro-Norte e SITE CSRA) anunciou, no comunicado que emitiu ontem, que, durante a reunião, a Fiequimetal entregou à administração a petição pelo fim da discriminação e o pagamento da remuneração por antiguidade a todos os trabalhadores. O abaixo-assinado circulou nos locais de trabalho, desde o início de Outubro, recolhendo 948 assinaturas de trabalhadores das mais diversas áreas e sectores do Grupo EDP.

Sem evolução na tabela

Sobre a tabela salarial — uma discussão que a administração quis apressar, para não responder à valorização das carreiras —, nesta reunião voltou a haver muita conversa e nenhuma evolução.

A Fiequimetal reiterou a proposta de aumento salarial de 170 euros para cada trabalhador.

Mais uma vez, a administração foi incapaz de apresentar uma verdadeira proposta de tabela, ou não quis fazê-lo. Limitou-se a insistir no miserável valor de 31,00 euros para a BR2, o que deixa esta base remuneratória mais próxima do valor do salário mínimo nacional.

Procurando dividir os trabalhadores, repetiu a ideia absurda de progressão de uma BR para os trabalhadores até à BR5, desde que já tenham agora pelo menos quatro pontos, e só mesmo para estes.

Ainda mais razões para dia 24

Aumentam as razões para a greve e a concentração, no dia 24. Aproxima-se o dia de exteriorizar o descontentamento, que se está a generalizar às várias áreas da empresa.

O número de trabalhadores inscritos para participar na concentração em Lisboa continua a crescer, mas é preciso continuar a esclarecer e mobilizar.

O descontentamento e a luta constituem a única resposta possível à posição da administração.

Fonte: Fiequimetal