A adesão à greve demonstra que os enfermeiros não aceitam a passividade da administração que teima em não resolver ainda que tenha reconhecido publicamente que as reivindicações são justas.
Incompreensivelmente, a mesma administração que profere estas afirmações é a mesma que assume disponibilidade para resolver perante requerimentos individuais dos enfermeiros e de acordo com a sua situação concreta e, mais uma vez, não cumpre!
Este posicionamento é ainda mais incompreensível se tivermos em conta os problemas de interioridade que diminuem a atratividade dos enfermeiros para se fixarem na região.
Apenas metade dos jovens enfermeiros formados na Faculdade de Enfermagem ficaram na região.
É o direito ao acesso dos cidadãos que está em causa para além da qualidade e segurança dos cuidados prestados. Só com recursos humanos motivados e em número suficiente as organizações terão condições para se organizarem de acordo com os desafios do futuro, nomeadamente a introdução da inteligência artificial e a necessária adequação dos processos tendo em conta esta realidade.
Fonte: SEP Castelo Branco