Construir no dia 18 de Março uma grande jornada de luta com a greve de 24 horas e a realização de um plenário geral, conforme foi decisão tomada no último plenário geral, é a melhor forma de responder às provocações de um C.A., que dá mostras, muito claras de lidar muito mal com o simples exercício da democracia e de um direito, como é o direito à greve e aos trabalhadores se reunirem, consagrados na lei máxima do nosso País, a Constituição da Républica (CRP).

A resposta do C.A. à decisão dos trabalhadores foi a chantagem. Já que o STRUP-FECTRANS deu corpo e voz à decisão dos trabalhadores, “o C.A. não negoceia na pendencia de pré-avisos de greve”.

Mas verdadeiramente o C.A., até aqui, tem negociado? Ou tem tentado impor uma política de baixos salários, ao mesmo tempo que mantêm o premio designado de “excelência” e dá cobertura a que o responsável pela gestão da Carris, a CML, corte verbas ao orçamento da Carris e as transfira para outros, como foi o caso do “websumit”?

É que só este corte teria dado, como afirmámos na altura, para uma atualização salarial de 109€ a cada trabalhador.

O C.A. aponta no seu Plano de Atividades e Orçamento para 2025, que prospectiva terminar o ano com um resultado positivo de cerca de 3,4 milhões de euros. Rejeitamos, também por isto, que a discussão da matéria salarial se continue a pautar pela política do “poucochinho”.

Pela informação transmitida, na reunião do passado dia 10/03, que foi ocultada do STRUP-FECTRANS, pelo C.A., este terá evoluído na proposta de atualização salarial, para 65€, dizendo que com ela “estava no limite da sua capacidade financeira”. Mas isto já nos tinha dito a nós, na reunião em que evoluiu para os 60€! Haja seriedade!!

O STRUP-FECTRANS renova o seu apelo para que todos os trabalhadores da Carris, para além da sua adesão à greve de 24 horas, marcada para o dia 18 de Março, participem no Plenário Geral, marcado para Santo Amaro, na Car-Barn, às 10 horas, para nele tomarmos as decisões necessárias, de forma a atingir os objetivos colocados:

  • o aumento real e substancial dos salários e do subsídio de refeição;
  • a evolução faseada, para as 35 horas semanais;
  • a criação do subsídio compensatório para os trabalhadores dos setores fixos;
  • e o pagamento das deslocações aos trabalhadores do tráfego sem a contabilização dos “bonús”.

O STRUP-FECTRANS não prescindirá de participar no processo de negociação, tendo também propostas no que dia respeito ao RCP. Mas relativamente a isto dizer que qualquer acordo, nesta matéria, deve ser abrangente a todos os trabalhadores.

Tendo em conta que o plenário geral, se insere numa greve de 24 horas, apelamos a que os trabalhadores se desloquem pelos seus próprios meios, para o plenário em Santo Amaro.

Fonte: STRUP