«Sector automóvel — presente e futuro» é o tema do encontro que a Fiequimetal promove no dia 21, sexta-feira, em Mangualde, para discutir os problemas e desafios da indústria e de quem nela trabalha, bem como as linhas de reivindicação e intervenção sindical.
O encontro conta com intervenções de dirigentes sindicais, especialistas e trabalhadores das principais empresas do sector automóvel e decorrerá no auditório
da Câmara Municipal (Largo Dr. Couto), sob o lema «Aumentar salários, valorizar carreiras, melhorar condições de trabalho, reconhecer desgaste rápido», reflectindo as grandes questões que se colocam hoje.
Numa nota à comunicação social, adianta-se que estará presente a importância do sector automóvel no panorama económico nacional, evidenciada no facto de que, em 2024, gerou 10,9 mil milhões de euros em receitas fiscais, o que representou 17,8 por cento da receita fiscal do Estado.
Num universo de 35 mil empresas, com 167 mil trabalhadores, sobressaem os elevados lucros obtidos pelos maiores grupos. No entanto, as posições patronais vão no sentido de perpetuar os baixos salários. Na proposta de revisão salarial, recentemente entregue pela associação patronal ACAP, 11 dos 13 níveis remuneratórios estão abaixo dos mil euros.
Estarão igualmente em debate os problemas da transição energética, sob o pano de fundo das metas muito claras que estão definidas, a nível da União Europeia, quanto à redução de emissões neste sector.
Também serão abordadas as lamentações dos representantes patronais, com o apoio político dos mesmos do costume, numa campanha em torno da crise e pretendendo que sejam os trabalhadores e a população a pagar pela resolução dos problemas criados por governantes e patrões.
Deverá ser aprovada uma resolução, contendo as reivindicações a apresentar ao patronato e ao poder político.