Mais uma vitória contra o flagelo do trabalho precário foi agora alcançada na Headbox, uma das empresas criadas pela Portucel para, seguindo uma velha prática, pagar menos e negar direitos na moderna fábrica de Setúbal, informou oSITE Sul. A empresa teve de pagar mais de 7500 euros.
O caso relatado ontem, em nota à imprensa, pela sindicato começa a 14 de Fevereiro de 2014 e também diz respeito à Randstad, empresa de trabalho temporário que coloca trabalhadores nas empresas do Grupo Portucel Soporcel (que mudou recentemente o nome para Grupo The Navigator Company).
Naquela data, foi admitido um trabalhador para ocupar um posto trabalho efectivo na Headbox, para trabalhar na fábrica de Setúbal da Portucel. Em Janeiro de 2016, foi «dispensado» por via da não renovação do contrato.
No entanto, o trabalhador, com o apoio do SITE Sul, decidiu contestar o despedimento e colocou um processo em tribunal contra a Headbox, a reivindicar que era efectivo da empresa, uma vez que ocupava um posto de trabalho efectivo.
O Tribunal de Setúbal deu razão ao sindicato e ao trabalhador e mandou a Headbox reintegrá-lo nos seus quadros como efectivo, com todos os direitos, considerando ilegal o contrato de trabalho temporário. Como o trabalhador já está a trabalhar numa outra empresa, preferiu receber uma indemnização por danos não patrimoniais, no valor de 7.500 euros.
Esta é mais uma prova viva de que vale a pena lutar e estar sindicalizado é estar mais seguro.
FONTE: FIEQUIMETAL