A Plataforma pelo serviço público de transportes da Península de Setúbal realiza uma Tribuna Pública de Transportes, amanhã, 29 de Junho, entre as 7:00 e as 10:00 horas, no terminal fluvial do Barreiro. Participam na iniciativa as comissões de utentes de transportes e os sindicatos do sector, organizações que exigem melhores condições para a prestação do serviço público de transportes e uma melhor resposta.
Num documento de divulgação da Tribuna, a Plataforma pelo serviço público de transportes da Península de Setúbal faz o levantamento dos problemas do sector:
Defender Transportes Públicos e de Qualidade
A não renovação da Frota da Transtejo/Soflusa e a falta de renovação dos certificados de navegabilidade, bem como a falta de manutenção preventiva das embarcações, já encostaram mais de metade da frota;
Tal situação tem levado à suspensão de carreiras e desvio de barcos do Barreiro para efectuar outros serviços;
A venda ao desbarato de embarcações em condições de navegabilidade, como foi o caso do Martim Moniz degrada o serviço público;
Há falta de trabalhadores em várias categorias profissionais, situação que irá agravar-se no serviço público, quando se der o maior período de férias;
No sector ferroviário a política que tem vindo a ser levada a cabo, com a intenção de desmantelamento da EMEF/Barreiro, pelas sucessivas Administrações, põem em causa a manutenção das composições a sul do Tejo e entrega aos privados (com mais custos para todos nós), serviços essenciais para a circulação ferroviária;
Também os Transportes Sul do Tejo, têm vindo a eliminar carreiras não as articulando com o último serviço da Soflusa o que deixa muitas vezes, gente apeada, especialmente se habitar no Montijo (é esta a logica dos privados a prestarem serviço público);
Os verdadeiros prejudicados com a presente situação são os utentes e o serviço público de transportes, pois tais medidas levam à fuga de utentes para outro meio de transporte ou utilização de transporte próprio;
Exigimos do actual governo de agora, que não faça o que se fez no passado, um abandono do serviço público de transportes, numa lógica de criar condições para privatizar serviços essenciais às populações;
Na defesa de um serviço público de qualidade, estas empresas têm de estar ao serviço de uma estratégia metropolitana de incentivo ao transporte público, pelo que têm de ser públicas e a prestar um serviço público, com os devidos meios técnicos e humanos essenciais ao seu funcionamento.