A CGTP-IN associa-se a este dia de comemoração que assinala os 80 anos da fundação da Federação Sindical Mundial e dirige à sua direcção e a todos as organizações nela filiada uma forte saudação.

Neste dia de comemoração subordinado ao tema “80 anos de lutas de classe, com internacionalismo e solidariedade” lembramos o papel desempenhado pela FSM ao longo deste período como uma organização de classe, democrática e internacionalista que tem contribuído para a acção, organização e luta dos trabalhadores em defesa da liberdade sindical, na unidade dos trabalhadores, na solidariedade e cooperação do movimento sindical internacional, na luta pela paz e em defesa dos interesses de classe dos trabalhadores.

A história da FSM e das suas organizações filiadas é a história da luta de muitos milhões de trabalhadores na luta contra a exploração, pela melhoria das suas condições de trabalho e de vida, na defesa da auto-determinação dos povos submetidos ao colonialismo e à acção imperialista, e na luta contra o fascismo.

Saudamos todos os que pelo mundo resistem à opressão e ao autoritarismo, num momento em que os direitos de associação e liberdades democráticas são alvo de ataque por parte dos governos e do patronato. Esta é a realidade em diversos países, nomeadamente na Europa, onde se atacam liberdades e garantias, onde se proíbem greves e manifestações, onde a União Europeia intensifica a sua agenda federalista, neoliberal e militarista para continuar a intensificar a exploração e garantir a concentração de lucros em cada vez menos mãos.

No ano em que comemoramos também o 80º aniversário da vitória sobre o nazi-fascismo, e em que nos confrontamos com uma crescente corrida aos armamentos e o agravar das tensões, conflitos e guerra, em particular o genocídio perpetrados po Israel contra o povo palestiniano e a desestabilização no Médio Oriente, saudamos todos os que resistem à acção do imperialismo, aos ataques à soberania dos povos, pela paz e o desenvolvimento.

Este é um momento de resistência, acção e luta, e também em Portugal resistimos e lutamos a mais um avanço no ataque aos direitos dos trabalhadores. Desenvolvemos agora um processo de luta exigente, urgente e prolongado. O governo PSD/CDS, com o apoio dos partidos de extrema-direita e liberal, tem em curso uma política de assalto aos direitos fundamentais e de afronta à Constituição da República Portuguesa. Esta agressão atinge quem trabalha e trabalhou, os serviços públicos e as funções sociais do Estado, ataca os direitos sindicais laborais e o direito à greve, a saúde, a educação, a protecção social e a habitação. Esta é uma estratégia que procura fragilizar o trabalho e os trabalhadores e abrir novas áreas de negócio ao capital, para aumentar a exploração e fazer crescer ainda mais os lucros.

Nesse sentido estamos a intensificar a luta dos trabalhadores, com uma Acção Geral nas empresas e nas ruas contra o Pacote Laboral, com plenários, paralisações e greves, dando lhes visibilidade de rua; e uma Marcha Nacional contra o Pacote Laboral em Lisboa dia 8 de Novembro.

Esta é também uma demonstração de solidariedade com todos os que lutam nos seus países, e um contributo para a luta dos trabalhadores em todo o mundo. Um compromisso que assumimos, endereçando a todos uma mensagem de esperança e confiança nos trabalhadores e na sua luta, na defesa dos seus direitos, na construção de uma sociedade livre da exploração do homem pelo homem.

Reiteramos o empenho de sempre em manter e reforçar as relações de amizade e cooperação com a FSM e as organizações suas filiadas.

fsm 80 aniversario